Segurança

Violência afastou quase 4 mil motoristas de ônibus em São Gonçalo

Segundo sindicato, principal causa seriam problemas psicológicos

Só em 2022, mais de 4,3 profissionais ficaram fora das funções, sendo 90% por conta da violência sofrida
Só em 2022, mais de 4,3 profissionais ficaram fora das funções, sendo 90% por conta da violência sofrida |  Foto: Arquivo/Enfoco
  

Quase quatro mil motoristas de ônibus foram afastados das funções por problemas relacionados com a violência no ano passado. Segundo dados do Sindicatos dos Rodoviários (Sintronac), o número corresponde a 90% dos mais de 4,3 profissionais que estiveram no departamento médico da entidade para tratamentos psicológicos. 

O Sintronac também enviou, nesta terça (31), um ofício à Polícia Militar solicitando aumento no policiamento no município, principalmente no bairro Jardim Catarina, onde nesta segunda (30), criminosos sequestraram coletivos para usar como barricadas na região com o objetivo de impedir o acesso da polícia nas ruas do bairro. 

A medida visa conter a escalada da violência na localidade, intensificada nas últimas duas semanas. Deste total de profissionais afastados, pelo menos 90% são de vítimas de assaltos, agressões, sequestros de veículos, intimidações de bandidos, ficaram encurralados em tiroteios ou testemunharam crimes, inclusive homicídios. Atualmente, 500 rodoviários estão em tratamento permanente no sindicato, sem condições de retorno às suas atividades profissionais.

“Recomendamos veementemente aos rodoviários que não arrisquem suas vidas. Se há locais perigosos, nenhuma lei os obriga a entrar lá. Lamentamos pela população, mas cabe às autoridades públicas agirem para garantir a segurança de todos, inclusive dos trabalhadores. Não somos super-heróis, mas apenas trabalhadores, que lutam diariamente para garantir o sustento de suas famílias e, por isso, merecemos voltar para casa em pleno estado físico e mental”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

< Ex-jogador da Seleção de vôlei sugere que alguém atire em Lula Botafogo vende Jeffinho; negociação é a maior da história do clube <