O homem preso acusado de agredir a namorada, uma universitária de 34 anos, em um motel do Centro de Niterói, nesta quarta (8), vai responder por feminicídio tentado. O casal estava junto há cerca de seis meses, segundo amigos.
Leonardo Augusto Nascimento Ebraico é presidente da Associação dos Funcionários e Agentes Civis da Segurança Presente do Estado do Rio. Leonardo foi transferido da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói para o Complexo de Gericinó, em Bangu, onde passará por uma audiência de custódia.
De acordo com o boletim de ocorrência, o gerente do hotel notou, através das câmeras de segurança, uma correria em um dos corredores e foi até o local. Lá, ele se deparou com Leonardo com a roupa suja de sangue e a universitária com uma garrafa de vidro cravada no pescoço.
A Polícia Militar foi acionada. Um dos policiais encontrou Leonardo escondido na garagem. Já o outro PM viu que, além da garrafa cravada no pescoço, a mulher estava com pedaços de vidro na boca e com o rosto ferido.
Os policiais contaram durante o depoimento que foram informados que a briga foi motivada pelo fato da mulher querer ver o celular de Leonardo e ele não ter permitido. Ele estava com três aparelhos.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada. Por conta da gravidade dos ferimentos, a vítima teve que ser levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). Leonardo também foi levado para a mesma unidade de saúde por conta de ter ficado ferido na mão, mas foi liberado em seguida.
De acordo com a direção da unidade de saúde, Leonardo não foi internado, foi atendido e liberado. A vítima permanece em estado grave, intubada e no CTI.
Amigos contaram ainda que Leonardo atualmente também trabalhava no Consulado Americano e iria receber uma promoção em breve. Graduado em gestão de segurança pública, Leonardo também tem MBA em gestão de segurança privada.
Em 2020, ele chegou a ser agente civil do Programa Niterói Presente, que estava sob gestão da Prefeitura de Niterói, desde 2013, mas foi descontinuado em 2021, por decisão do Governo do Estado.
Com a promessa de desligamentos de agentes, Leonardo chegou a se tornar representante e ficou à frente da luta dele e dos colegas para continuarem no projeto. Ele participou de diferentes reuniões com as presenças de líderes políticos.
Com a gestão do Estado, o programa mudou de nome e passou a ser chamado de Segurança Presente. Leonardo também integrou o projeto, chegando a atuar em diferentes equipes, uma delas o Barra Presente.
Procurada, a Secretaria de Governo, responsável pelo Programa Segurança Presente, ainda não comentou o caso.
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