Polícia
Acusado de tentativa de feminicídio em SG está foragido
A Justiça do Rio decretou, no último dia 20 de outubro, a prisão temporária de um empresário de São Gonçalo acusado de tentativa de feminicídio contra a jovem Nathália da Silva de Assis, de 20 anos, ocorrido em setembro deste ano, no bairro Parada 40, em São Gonçalo.
Em documento assinado pela juíza Juliana Grillo El-jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, a justiça pede que a Delegacia de Neves (73ª DP), responsável pela investigação do caso, cumpra o mandado de prisão temporária de 30 dias. Seis dias após a expedição do pedido de prisão, o empresário continua foragido.
Após a expedição do mandado de prisão, a jovem relatou medo em razão da falta de informações sobre o paradeiro do empresário. Ela afirmou que vive diariamente temendo uma possível retaliação.
“Tá sendo muito difícil conviver com toda essa situação. O que era para ser uma notícia feliz acaba me deixando com medo devido à falta de informação sobre ele. Eu penso que ele pode estar no meu entorno e fazer alguma coisa comigo. Espero que ele seja preso logo”, disse a jovem.
A história de tristeza e a tentativa de feminicídio contra Nathalia começou na madrugada do dia 11 de setembro quando ela foi para uma boate no bairro Mutondo, em São Gonçalo, após sair do trabalho no Raul Veiga, na mesma cidade. O empresário tinha feito inúmeros pedidos para que a jovem não frequentasse outros locais em que ele não estivesse, por ciúmes.
Após chegar na casa de festas acompanhada de amigos, ela se deparou com o acusado em outro camarote, acompanhado de um colega em comum. Poucos minutos após a sua chegada, a vítima relatou que ele fez diversos pedidos para que ela ficasse ao seu lado na festa, o que foi negado, já que a companheira dele poderia chegar ao local.
“Estávamos na casa de festa e ele começou a pedir diversas vezes para que eu ficasse com ele e eu neguei. Logo depois, a companheira dele chegou e ficou um clima tenso, mas não deixei de aproveitar a minha noite. Na saída, houve uma leve confusão e eu fui para um ‘after’. O colega que estava com ele disse que iria sozinho para esse local na Parada 40 e eu enviei a minha localização”, disse a jovem.
O que ela não esperava era a presença do empresário, que foi junto do colega em comum, para esse “after”. Segundo Nathália, o acusado chegou no local de forma agressiva e a acusou de ter “dado mole” para outros homens na boate e, em seguida, fez um disparo, que a atingiu. Ela foi socorrida pelo acusado e pelo colega e levada para o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê, onde ficou por cerca de 15 dias internada e teve alta médica.
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