Um aluno de 19 anos foi afastado, nesta quarta-feira (29), do Colégio Estadual Nilo Peçanha, em São Gonçalo, após ser acusado de assédio sexual contra alunas da unidade. De acordo com relatos das vítimas, o jovem assediou mais de 20 meninas, a maioria menores de idade.
Antes do anúncio da decisão, um grupo de alunos chegou a fazer uma manifestação, na manhã desta quarta, no pátio do colégio que fica no bairro Zé Garoto para denunciar o caso. Faixas e cartazes diziam: "Assédio não!", "Chega!", "Não me calo!", entre outras mensagens.
Leia +: 'Não durmo', diz morador após onda de assaltos em bairro de Niterói
Leia +: Bruno Krupp deixa cadeia em Bangu
Leia +: Preso em Niterói é apontado como líder do bando de estelionatários
No protesto desta manhã, quatro alunos tomaram a iniciativa de expor a situação. Assim que foram para o pátio, eles convocaram outros alunos para que se juntassem na manifestação. Além dos cartazes, eles entoaram gritos clamando pelo fim dos assédios e a retirada do assediador da unidade. No fim, todos aplaudiram o ato e se abraçaram, demostrando união e força.
Uma aluna contou também que, para realizar o protesto, eles estavam combinando de entrar na escola com camisas vermelhas ou rosas, mas a unidade vetou alegando que só poderiam entrar com o uniforme.
CASOS FREQUENTES
Segundo uma aluna, os assédios eram frequentes, e as adolescentes se sentiam acuadas pelo acusado. Em um print de uma conversa, uma vítima contou que o acusado chegou a convidá-la para tomar banho juntos.
"Ele já fazia isso há muito tempo. A gente está com medo. Nós tivemos que pressionar a escola para obter uma resposta", relatou a estudante.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que foi feito um boletim de ocorrência em delegacia, o Conselho Tutelar foi notificado e o estudante afastado terá acompanhamento pedagógico.
nota na íntegra
"A Seeduc informa que, após tomar ciência dos fatos, adotou as seguintes providências: acionamento dos responsáveis de todos os estudantes envolvidos, afastamento do referido jovem com manutenção do acompanhamento pedagógico, notificação ao Conselho Tutelar e registro de boletim de ocorrência.
Também informamos que se encontra vigente o protocolo de enfrentamento às situações de violências física e/ou sexual no contexto escolar, composto por orientações basilares que devem ser seguidas pelas unidades escolares da rede estadual de ensino".
Tags
