Justiça
Após atirar em entregador, policial penal se entrega no Rio; vídeo
A arma do acusado foi recolhida para perícia
O policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini que atirou contra um entregador em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, se entregou neste domingo (31) na Cidade da Polícia, após negociação com agentes da 32ª DP (Taquara) e da Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Contra ele, já havia mandado de prisão preventiva expedido.
Segundo as investigações, o crime aconteceu na madrugada de sábado (30), quando o entregador se recusou a subir até o apartamento para fazer a entrega. Após discussão, o agente efetuou o disparo, ferindo a vítima, que foi socorrida e encaminhada a uma unidade de saúde.
A arma do policial penal foi recolhida para perícia e a investigação segue em andamento.
Relembre o caso
Um entregador por aplicativo foi baleado pelo morador de um condomínio na Rua Carlos Palut, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, na madrugada deste sábado (30). A vítima é Valério Souza, de 28 anos.
O motoboy afirma que foi atingido após se recusar a subir até o apartamento para concluir uma entrega. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Valério já teve alta hospitalar.
O autor do disparo fugiu do local, mas depois se apresentou na 32ª DP (Taquara), segundo a Polícia Militar. Ele é policial penal e está na ativa, de acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Um vídeo gravado pela própria vítima registra o momento da discussão que antecede o crime. Nas imagens, o homem aparece sacando a arma e atirando contra o pé de Valério.
“Que isso, cara?”, questiona a vítima após ser baleada. O agressor rebate: “Que isso é o c***! Tá me filmando por quê?”
Mesmo ferido, o entregador insiste: “Cara, eu moro aqui, eu sou morador”. Em seguida, pede socorro a um vizinho: “Me ajuda aqui, ele me deu um tiro. Sou eu, Valério”.
A gravação também mostra uma poça de sangue no chão. Nas redes sociais, Valério fez um desabafo e cobrou justiça:
"O cliente não aceitou que eu recusei ir a casa dele para entregar o pedido. E o ocorrido aconteceu. Infelizmente estamos acostumados a ver isso apenas em televisão. Até acontecer com nós mesmos. Que a justiça seja feita", escreveu.
Na manhã deste sábado (30), centenas de pessoas se reuniram em protesto em frente ao condomínio.


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