Investigação
Atores eram pagos para espalhar fake news sobre candidatos
Acusados do golpe do "teatro invisível" foram presos
Uma operação da Polícia Federal, na última quinta-feira (12), resultou na prisão de quatro pessoas no Rio de Janeiro, acusadas de espalhar notícias falsas contra candidatos nas eleições municipais.
A operação, que ocorreu em pelo menos 13 cidades do estado, revelou que a quadrilha contratava atores para realizar encenações de rua com o objetivo de manipular o voto dos eleitores.
Os criminosos denominavam o golpe de "teatro invisível". Vestidos como moradores locais, atores e atrizes abordavam pessoas nas ruas para disseminar informações falsas que favoreciam o político que os contratava ou prejudicavam seus adversários.
O coordenador de cada grupo recebia R$ 5 mil pelo serviço, enquanto os atores improvisados, chamados de "agentes de ação", recebiam R$ 2.500. Eles participavam de ensaios em galpões e salas de aula.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Roberto Pinto dos Santos e Bernard Rodrigues Soares, que foram detidos na última semana, lideravam a organização criminosa desde 2016.
Além de Roberto e Bernard, foram presos os supervisores André Luiz Chaves da Silva e Ricardo Henriques Patrício Barbosa.
De acordo com a Polícia Federal, foram apreendidos:
- R$ 188.300,00, em espécie;
- Três veículos de luxo blindados;
- celulares;
- dispositivos eletrônicos e mídias de armazenamento;
- documentos diversos.
A investigação busca identificar os atores envolvidos e descobrir quem contratou a organização criminosa. A Justiça Eleitoral poderá cassar as candidaturas antes do primeiro turno, marcado para o dia 6 de outubro.
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