Investigação
Bicheiro Rogério de Andrade é preso horas depois do filho
Ambos estavam foragidos da Operação Calígula, do MP
O bicheiro Rogério de Andrade foi preso novamente pela Polícia Federal nesta quinta-feira (4). A determinação foi da 1ª Vara Especializada em Crime Organizado, a pedido do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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O pedido foi feito após a Polícia Federal encontrar documentos considerados comprometedores na residência onde ele se encontrava, no bairro Araras, em Petrópolis. Esses documentos mostrariam que ele continua operando como líder de uma organização criminosa.
Rogério não foi preso inicilamente, junto de seu filho, por uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Na segunda-feira (4), o ministro Kassio Nunes Marques revogou o mandado de prisão preventiva contra o bicheiro. Os advogados de defesa do acusado alegam que o pedido de prisão tem como base a apreensão de um celular em 2019, sem um fato novo para justificar a prisão.
Contudo, a Polícia Federal encontrou documentos de junho a julho deste ano revelando uma "sistemática cadeia de corrupção mantida de forma persistente com instituição de segurança". Levando em conta essas provas, um novo pedido de prisão foi feito e aceito pela Justiça.
Segundo as investigações, um dos documentos menciona "Xiquinho", um dos subordinados de Rogério de Andrade e encarregado do pagamento de propinas, sinalizadas como "merenda", para delegacias especializadas, incluindo a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro e de Campo Grande.
De acordo com o Ministério Público, o grupo criminoso manteve atividades ilegais ligadas ao jogo de azar. A ideia seria expandir os negócios para os sites de apostas de futebol.
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