Tiroteio
Caixinha do tráfico: cerco na Penha é contra ladrões de carro
Há cinco feridos em operação na Zona Norte do Rio
Com cinco pessoas feridas e um casal preso, a operação integrada da polícia que ocorre nesta manhã de terça-feira (3) no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, visa cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes de uma facção criminosa responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a “caixinha” da organização criminosa.
Segundo a Polícia Civil, a prática viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma “mesada” aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo.
Conforme as investigações, é do Complexo da Penha de onde partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios.
Até às 8h30, os feridos na operação, são:
- Ágatha Alves de Souza, de 22 anos, foi baleada na perna em um ponto de ônibus. Foi internada em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas e passou por cirurgia;
- um policial civil baleado no peito;
- um homem baleado na mão, também levado para o Getúlio Vargas;
- uma mulher ferida na boca, por estilhaços;
- um homem ferido na mão, por estilhaços.
Operação Torniquete
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, atuam na "Operação Torniquete".
A operação conta com apoio de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE); Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC); Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB); Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI); Subsecretaria de Inteligência (SSINTE); Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro participa das ações com equipes de sua Subsecretaria de Inteligência, do Comando de Operações Especiais (COE) – Bope, BPChq, BAC e GAM -, da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e de 13 batalhões de área da corporação.
Policiais civis do Pará e do Ceará também atuam na operação. As investigações revelaram a forte migração de lideranças criminosas daqueles estados para o Rio de Janeiro, sendo que a maioria delas está escondida no Complexo da Penha, que se tornou uma base operacional da facção criminosa.
Impactos
A Secretaria Municipal de Educação informou que 16 escolas da rede não abriram nesta terça. Já a Secretaria Estadual de Educação disse que 1 colégio fechou.
A Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, na Vila Kosmos, suspendeu o início do funcionamento e avaliava a possibilidade da abertura.
A Clínica da Família Zilda Arns, no Complexo do Alemão, mantinha o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.
Já a Clínica da Família Aloysio Augusto Novis, na Penha Circular, acionou o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, interrompeu o funcionamento.
Sete linhas de ônibus tiveram seus itinerários desviados devido à violência e aos bloqueios na região, sendo elas: 313 (Grotão - Praça Tiradentes), 621, 622 e 623 (Penha - Saens Peña), 625 (Olaria - Saens Peña), 679 (Grotão - Méier) e 721 (Vila Cruzeiro - Cascadura).
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