Inquérito
Caso Igor Melo: polícia pede a prisão do PM acusado dos tiros
Suspeito foi indiciado também por duas tentativas de homicídio

A Polícia Civil informou, nesta quarta-feira (26), que solicitou a prisão do policial militar reformado que atirou contra o estudante de Jornalismo, Igor Melo de Carvalho, e o mototaxista Thiago Marques Gonçalves, na Penha, Zona Norte do Rio, no dia 24 de fevereiro. O acusado foi indiciado também por duas tentativas de homicídio contra as vítimas.
Na conclusão do inquérito, a 22ª DP (Penha) confirmou as contradições nos depoimentos da esposa do acusado e do próprio policial. Inicialmente, a mulher afirmou que os dois jovens haviam roubado seu celular, mas as imagens e a reconstituição dos fatos mostraram que as vítimas eram inocentes. Por fornecer informações falsas, a esposa foi indiciada por falso testemunho.
Já o policial militar, ao ser informado sobre o suposto roubo cometido pelas vítimas, foi até o local e, sem justificativa legal para o uso da força, disparou contra os jovens. Embora a investigação tenha confirmado que a esposa realmente foi vítima de um roubo, ela identificou erroneamente Igor e Thiago como os criminosos. Em razão disso, a acusação contra os jovens foi arquivada pelo Ministério Público (MP).
A conclusão do inquérito será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MP), que agora irá avaliar as evidências e decidir sobre os próximos passos processuais. A Polícia Civil segue com as investigações para garantir a responsabilização de todos os envolvidos, especialmente do policial.
Relembre o caso
Igor Melo de Carvalho, estudante de jornalismo de 32 anos, foi baleado enquanto se deslocava do Viaduto João XXIII, na Penha, Zona Norte do Rio, na madrugada de segunda-feira (24).
Ele estava voltando para casa de moto, após trabalhar como garçom na casa de samba Batuq, quando percebeu que um carro o seguia. Minutos depois, disparos foram feitos, atingindo Igor, que caiu da moto e, mesmo ferido, conseguiu ligar para colegas de trabalho, que o levaram ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde chegou em estado grave, passou por cirurgia e perdeu um dos rins.
O autor dos disparos disse que agiu após sua esposa acusar Igor de ser um dos envolvidos no roubo de seu celular.


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