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    Caso Mumbuca: comerciantes alvos da polícia descredenciados em Maricá

    Operação investiga organização criminosa acusada de golpe

    Publicado 13/11/2024 às 10:07 | Atualizado em 13/11/2024 às 10:21 | Autor: Enfoco
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    O montante era transferido para contas bancárias indicadas pelos criminosos
    O montante era transferido para contas bancárias indicadas pelos criminosos |  Foto: Divulgação

    Os comerciantes identificados como integrantes da organização criminosa suspeita de desviar recursos do Banco Mumbuca, em Maricá, já foram descredenciados, segundo informou a Prefeitura na manhã desta quarta-feira (13).

    Por meio de nota, a administração municipal afirma que apoia firmemente a "Operação Escambo", da Polícia Civil, para investigar os desvios de recursos por suspeitos de crime no benefício social que atende mais de 90 mil pessoas. O prejuízo foi de mais de R$ 64 milhões aos cofres públicos.

    "Nenhum funcionário do Banco Mumbuca ou da Prefeitura está envolvido, e os comerciantes identificados como participantes da ação criminosa já foram descredenciados", reforçou.

    A Prefeitura e o banco dizem que colaboram com as investigações desde o início e "estão indignados com esse golpe e esperam a devida punição da Justiça aos participantes que atuam contra a população da cidade", frisa o comunicado.

    Mandados de busca e apreensão

    São cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Tanguá, visando a desmantelar o esquema criminoso que movimentou R$ 64 milhões obtidos ilicitamente.

    Os alvos, comerciantes de Maricá e pessoas físicas envolvidas diretamente no esquema, são investigados em inquérito que apura os crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

    Policiais civis do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), por meio da Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), estão nas ruas desde cedo. A ação desta quarta conta com o apoio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

    Como era o esquema?

    No decorrer da investigação, a DCC-LD apurou que o grupo desviava grande quantia gerida pelo banco, por meio de criação de contas fraudulentas e transferência de moeda social realizada de forma ilícita.

    Posteriormente, os fraudadores, com a colaboração de comerciantes locais interessados em receber essas quantias, convertiam os valores em real. O montante era transferido para contas bancárias indicadas pelos criminosos. Pela participação no esquema, os comerciantes recebiam 10% de todo o valor creditado.

    O Banco Mumbuca foi instituído no município de Maricá com o fim de implementar a distribuição de auxílio financeiro às pessoas em situação de vulnerabilidade e fomento do desenvolvimento econômico local.

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