Polícia

Comoção e revolta marcam sepultamento de moradora morta em SG

Enterro foi realizado no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo. Foto: Wallace Rosa

Revolta e comoção marcaram o enterro de Sandra Maria Gomes Sales, de 61 anos, nesta sexta-feira (6). Moradora do Jardim Catarina, em São Gonçalo, ela foi baleada no fogo cruzado entre traficantes e a Polícia Militar na tarde de quinta-feira (5).

Sandra deixa dois filhos e quatro netos. O sepultamento ocorreu no Cemitério São Miguel, no bairro homônimo, durante a tarde com cerca de 40 familiares, amigos e vizinhos.

Dona de casa e residente da Comunidade da 39, Sandra foi atingida por um tiro fatal na cabeça ao sair para buscar o sobrinho de cinco anos em uma creche na Rua Marcos da Costa.

O caso ocorreu por volta das 17h. Policiais do Batalhão de São Gonçalo (7° BPM) estavam em operação no local para remover as barricadas que cercam todo o loteamento. Na ação, dois fuzis e uma pistola foram apreendidos.

Os relatos são de que Sandra foi surpreendida pela troca de tiros a menos de um quilômetro da creche, se abaixou e tentou buscar refúgio nas residências da via. Porém, foi atingida na calçada.

O viúvo de Sandra, Francisco Sales, também 61 anos, criticou a atuação policial na comunidade. “Esse tipo de policiamento que eles estão fazendo está errado, não é assim. Precisa saber trabalhar” afirmou. Ao lado do filho, prestou as últimas homenagens para a esposa.

“Porque não vão durante a noite trocar tiro? Não pode ser quando estão levando as crianças para o colégio. Uma mãe, uma avó, uma rainha se foi. Minha mãe vai deixar muita saudade” afirmou emocionado Alan Sales, filho de Sandra.

A morte de Sandra gerou protestos nas rodovias RJ-104 e BR-101, e um grupo se manifestou em frente ao batalhão. O caso está será investigado pela Polícia Civil.

< Ministro da Economia diz que não há motivos para pessimismo no Brasil Guarda de Niterói ganha reforço de 80 agentes nas ruas <