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Delegada já ganhou mais de 12 mil seguidores após ser presa
Ela acumula 167 mil seguidores no Instagram
A delegada de Polícia Civil Adriana Cardoso Belém ganhou mais de 12 mil seguidores no Instagram, após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta terça-feira (10).
Antes de ir para trás da grades, a policial tinha cerca de 155 mil fãs na rede social. Ela compartilhava momentos descontraídos, geralmente ao lado do filho de 18 anos. Influencer, também publicava comemorações em baladas.
Não faz muito tempo que Adriana presenteou o filho com um carro blindado Jeep Compass, conforme ela mesmo publicou na internet. Após a prisão da mãe, o jovem blogueiro bloqueou os comentários na web devido aos ataques.
O pedido da prisão de Adriana foi feito pelo juiz Bruno Rulière, após ter sido encontrada no apartamento de Belém quantia em torno de R$ 1,8 milhão em espécie, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão.
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Na decisão, o juiz considerou que os valores encontrados na residência da policial apontam indícios de sua possível participação na organização criminosa.
“O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias). ”
Para o magistrado, a decretação da prisão preventiva também se justifica em razão do histórico de relacionamento da delegada com “com diversas pessoas a quem notoriamente são atribuídos envolvimento ou possível contato intenso com o submundo da ‘contravenção’.
“Neste contexto, os indícios da prática de um ato de grave corrupção pela ré, aliado a arrecadação, nesta data, de cifras altíssimas em seu poder, têm-se fatos novos e contemporâneos a respaldar fundado receio de perigo a justificar a aplicação da medida adotada. ”
A Polícia Civil e o Ministério Público iniciaram o cumprimento dos mandados de prisão e os de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Especializada da Capital ainda no início da manhã de terça, através da deflagração da chamada Operação Calígula.
Entre as prisões autorizadas, a do contraventor Rogério Andrade, o delegado de Polícia Civil Marcos Cipriano de Oliveira Mello, e o PM reformado Ronnie Lessa - este já preso sob a acusação de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes -, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo jogos de azar.
Os acusados foram denunciados pelo MP por promoverem, constituírem, financiarem e integraram, pessoalmente e por interpostas pessoas, organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas.
Segundo a denúncia apresentada, o objetivo era de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, mas especialmente oriundas da exploração de jogos de azar.
Ainda segundo o MP, entre os crimes praticados pelo grupo destacam-se: corrupção ativa, extorsão, lesão corporal de natureza grave, homicídio, lavagem de dinheiro, dentre outros, mantendo esta estrutura conexão com outras organizações criminosas independentes.
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