Declaração
Delegado preso no Rio diz em vídeo que sabia de operação do MP
Turnowski é acusado por organização criminosa e outros crimes
Em um vídeo publicado no perfil oficial do ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski, preso acusado de organização criminosa, ele aparece dizendo que tinha a informação de que o Ministério Público e a Polícia Federal iriam na casa onde ele mora na Barra da Tijuca cumprir mandado de busca e apreensão. Segundo ele, o vídeo foi gravado no dia 16 de agosto e publicado na manhã desta sexta-feira (9) após sua prisão. Segundo o MP, ele é acusado pelos crimes de organização criminosa, corrupção e violação de sigilo funcional.
"Desde quarta-feira eu estou ouvindo que o Gaeco e a PF vão vir aqui em casa realizar uma ação de busca e apreensão. Eu já fui perseguido politicamente alguns anos atrás, eu avisei que seria absolvido e acabou que eu não fui nem processado, apenas me tiraram da chefia, eu fiquei anos afastado da Polícia Civil", contou.
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Allan, que é candidato a deputado federal, chegou a dizer que apesar de saber da ação não havia mudado sua rotina de campanha eleitoral.
"Não mudei minha rotina, continuei fazendo minha campanha, fui ao Maracanã e voltei pra minha casa”.
O ex-secretário relatou que chegou a combater milicianos e contraventores.
"Combati a milícia, prendi o Ecko, Macaquinho, Latrell. Combati toda a estrutura do tráfico de drogas no Jacarezinho, inclusive os ativistas dentro da defensoria e o grupo dentro do Ministério Público que tentou processar os policiais para justificar uma operação legítima da polícia, como se fosse uma chacina. Combati também os homicídios da contravenção. Eu pedi a prisão do Rogério Andrade, do Bernardo Bello, e outros", contou.
Segundo a defesa de Allan Turnowski, a prisão é considerada ilegal. Os advogados ainda não tiveram acesso ao inquérito. O delegado disse que sequer sabe do que ele está sendo acusado.
Até as 13hs, Allan ainda prestava depoimento na sede da secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio. Ele será levado para o Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames e será levado para o presídio de Benfica.
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