Ia solucionar
Delegado preso prometeu resolver caso após abraçar pais de Marielle
Rivaldo Barbosa é apontado como suspeito de travar investigações
O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi preso na manhã deste domingo (24) sob suspeita de obstruir as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco. Barbosa já foi fotografado ao lado dos familiares da parlamentar, incluindo seus pais, em diversos momentos. Na época, o suspeito prometeu solucionar o caso.
Em 16 de abril de 2018, um mês após o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, Barbosa, então chefe da Polícia Civil, recebeu os familiares de Marielle para uma reunião. Estavam presentes os pais de Marielle, Marinete e Antônio, a viúva Monica Benicio e Luyara, filha de Marielle. Em todas as fotos da reunião, Rivaldo aparece ao lado dos pais de Marielle em um sofá.
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Rivaldo assumiu a chefia da Polícia Civil um dia após o assassinato de Marielle e Anderson. Ele foi nomeado para o cargo pelo general Braga Netto, então interventor na segurança do Rio de Janeiro durante o governo Temer. Posteriormente, Braga Netto tornou-se ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro para a reeleição de 2022.
Após suspeitas de obstrução das investigações do caso Marielle, Barbosa concedeu diversas entrevistas, prometendo investigar o caso a fundo. "Estamos diante de um caso extremamente grave que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", disse Rivaldo em 15 de março de 2018, um dia após o crime.
"Estamos no caminho certo. A complexidade está na forma de atuação dos assassinos. Mas estamos fazendo de tudo para esclarecer essa atividade criminosa", afirmou em abril de 2018. Em dezembro daquele ano, ele disse: "Toda a investigação é cercada de sigilo e estratégia. O que estamos fazendo hoje é uma ação estratégica ligada ao crime da morte do Anderson e da Marielle. O sigilo é importante. Se eu falar alguma coisa, estrago a estratégia. O que podemos dizer para a sociedade é que estamos trabalhando muito".
Após seis anos do assassinato de Marielle, a Polícia Federal prendeu neste domingo os irmãos Domingo Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, suspeitos de serem os mandantes do crime. Rivaldo Barbosa também foi preso pelas suspeitas de atrapalhar as investigações durante seu comando na Polícia Civil.
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