Polícia
Depressão pode ter motivado sequestro de ônibus na Ponte
O delegado Antônio Ricardo, chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), disse na tarde desta terça-feira (20) que Willian Augusto da Silva, de 20 anos, sequestrador de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, apresentava um perfil aparentemente depressivo e que possivelmente essa teria sido a motivação para que ele mantivesse as 37 vítimas, por mais de três horas, no interior do coletivo.
A declaração foi prestada na sede da Divisão de Homicídios de Niterói, por volta das 16h, após os depoimentos dos familiares do sequestrador que acabou morto por um atirador de elite.
Segundo o delegado, durante conversas com parentes de Willian, ele foi informado de que o homem tinha dificuldades de se relacionar com as pessoas e que por conta disso, buscava se comunicar por meio da internet, através de aplicativos. Morava no bairro do Jockey, em São Gonçalo.
A família do sequestrador também afirmou, durante depoimento na Divisão de Homicídios, que o acusado chegou a tomar algumas medidas antes de protagonizar a ação. De acordo com o delegado, Willian chegou a se comunicar com a família de que queria acabar com a própria vida.
“Talvez ele tenha tomado essa atitude querendo justamente esse objetivo”, disse o delegado Antônio Ricardo.
A Polícia Civil ainda apura se houve alguma participação de outras pessoas no crime.
As vítimas permanecem sendo ouvidas pela Polícia Civil, além de estarem recebendo todo o suporte de uma psicóloga e da secretária de Vitimização, a deputada federal Major Fabiana (PSL-RJ), que confirmou que o Governo do Estado vai arcar com os custos do enterro do sequestrador.
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