Agressão

Desavença entre porteiro e morador de prédio no Rio já durava 1 ano

Os dois brigaram depois de um desentendimento neste sábado (19)

Caso aconteceu em um prédio residencial da Zona Sul do Rio neste sábado (19)
Caso aconteceu em um prédio residencial da Zona Sul do Rio neste sábado (19) |  Foto: Marcelo Tavares
   

O desentendimento entre o porteiro Max dos Santos Martins Junior, de 36 anos, e o morador Wellder Fontes, de 33 anos, já ocorria há mais de um ano. No entanto, o caso só partiu para a agressão no último sábado (19) por volta das 20h50. Em imagens de câmeras de segurança do prédio, é possível ver toda a confusão. 

Max contou ao ENFOCO como tudo aconteceu. Ele e o morador do prédio que fica localizado em Ipanema, na Zona Sul do Rio, não costumavam se falar há pelo menos um ano. 

“Ele chegou alterado, eu tava indo embora e o colega já estava me rendendo aqui na portaria, quando esse morador perguntou ao colega porteiro se tinha chego alguma encomenda pra ele. Quando ele recebeu a encomenda, disse que tinha que olhar porque aqui tinha porteiro ladrão e safado e ficou olhando pra mim. Foi aí que eu perguntei se era comigo que ele falava e ele disse que eu era safado e ladrão. Então, eu perguntei se ele achava que falava com a mãe dele e foi quando as agressões começaram”, disse Max. 

Max chegou a filmar o momento da briga e precisou fugir no local para se proteger
Max chegou a filmar o momento da briga e precisou fugir no local para se proteger |  Foto: Marcelo Tavares
  
Ele disse que aqui tinha porteiro ladrão e safado e ficou olhando pra mim. Foi aí que eu perguntei se era comigo e perguntei se ele achava que falava com a mãe dele e foi quando as agressões começaram Max dos Santos, porteiro
  

O porteiro diz que levou empurrões e socos e chegou a ficar com algumas marcas pelo corpo. O funcionário também conseguiu escapar pulando um degrau de escadas e sair do prédio, trancando a porta para fugir do agressor.

"Ele continuava me xingando de safado e tudo, minha sorte que na hora passou um carro do Ipanema Presente e ele me ajudou”, disse ele que foi levado para a 14ª DP (Leblon), onde o caso foi registrado. Lá, ele e o acusado foram ouvidos. Max também foi levado para o Hospital Miguel Couto e, depois de liberado, para o Instituto Médico Legal (IML), onde fez o exame de corpo de delito. 

“Eu fiquei com um corte e o rosto um pouco roxo no dia, mas com certeza seria pior se o Ipanema Presente não tivesse passado”, contou Max que é porteiro há 15 anos e trabalha no prédio há quase dez anos. 

Max é casado e conta que ele e sua esposa ficaram desnorteados após o acontecido. “No dia, depois do ocorrido, eu disse pra ela que ia voltar para casa tarde e não expliquei muito o porquê no telefone. Depois que eu cheguei em casa, eu contei e ela ficou muito triste. Minha esposa não conseguiu nem dormir de noite, falando que aquilo era um absurdo”, contou. 

Max disse que o prédio também foi comunicado, mas eles irão aguardar para se posicionar. No domingo (20), ele voltou ao trabalho de manhã normalmente e não encontrou com o acusado. “Voltei e fiz meu horário normal. Eu não o vi nesse dia, mas fiquei sabendo que de tarde, quando eu já tinha ido embora, ele foi para a praia normal. Hoje [segunda], ele passou por aqui, mas não me falou nada. Ele já não falava há um ano né? Então é normal. Eu estou tranquilo e vou ver o que pode ser feito. Sindicatos e o advogado da minha família já entraram em contato me dando apoio”, disse ele. 

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon) que enviou duas notas sobre o caso. A primeira nota emitida pela Polícia Civil informava que “a vítima foi ouvida, mas o autor não quis se pronunciar. Os agentes informaram ainda que buscam imagens dos fatos. Após a conclusão das diligências, o caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim)". 

Mais tarde, uma segunda nota retirava o crime de injúria, e dizia que os dois foram agredidos. "De acordo com a 14ª DP (Leblon), foi feito registro por lesão corporal. Ambos constam como autores e vítimas porque os dois afirmam terem sido agredidos. Eles foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. Uma gravação de áudio está sendo analisada e os agentes buscam imagens dos fatos. A investigação está em andamento".

Morador

Procurado, Wellder Luiz Batista Fontes, de 33 anos, que teria agredido Max, não quis se pronunciar. Ele é natural de Aracaju e trabalhou no Tribunal de Justiça do Estado do Sergipe como Técnico Judiciário. Ele pediu para ser exonerado do local em 19 de janeiro de 2015. Ainda não há confirmações de que ele atuava no Tribunal de Justiça do Rio, onde mora atualmente. 

Em sua bio do Instagram, Wellder afirma que: “Chique é ser feliz. Elegante é ser honesto. Bonito é ser caridoso. Sábio é saber ser grato. O resto é inversão de valores.”

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