Grito de Justiça
'Descaso', lamenta mãe de empresário de SG morto há quase 1 mês
Rhuan Rodrigues foi baleado durante uma abordagem policial
Faltando apenas nove dias para completar um mês da morte do jovem Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, sua mãe, Fernanda Garcia, expressa dor profunda e frustração.
O empresário foi morto a tiros durante uma abordagem policial no bairro Porto do Rosa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, no dia do aniversário de Fernanda, em 18 de agosto.
Em um relato carregado de emoção, Fernanda afirmou ao ENFOCO que até o momento nenhuma autoridade a procurou para oferecer esclarecimentos ou apoio.
“Não tive contato de nenhuma autoridade, nem mesmo o comandante do 7º BPM. Não quero que meu filho seja mais um na estatística. Vou lutar por Justiça. Essa falta de resposta da polícia é um grande descaso, eles mataram um trabalhador!”, declarou.
Foi horrível completar meu aniversário e mais tarde receber a informação de que meu filho havia sido morto
Buscando forças
Para manter vivo o sonho de Rhuan, Fernanda e sua filha têm se esforçado para seguir em frente. Rhuan havia recentemente inaugurado um depósito de bebidas em Nova Cidade, um projeto que agora a família tenta continuar.
“Além do Rhuan, tenho uma filha. Agora buscamos forças para continuar nossas vidas, mas está muito difícil porque tudo lembra ele. Reabrimos o depósito duas semanas depois da morte dele e assim vamos seguindo em frente!”, disse Fernanda, com um misto de tristeza e determinação.
Passeata da Paz
Neste domingo (8), familiares e amigos realizaram a "Passeata da Paz" no bairro Nova Cidade. O evento, que reuniu centenas de pessoas, percorreu várias ruas da região, incluindo a Rua Vicente Lima Cleto. A passeata teve como objetivo clamar por justiça e mostrar a insatisfação com a falta de respostas sobre o caso.
Segundo amigos, o jovem Rhuan estava dirigindo na BR-101, na altura do Porto do Rosa, quando foi abordado por policiais do 7º BPM (São Gonçalo). De acordo com a versão oficial da Polícia Militar, houve um confronto com criminosos antes de Rhuan ser atingido. No entanto, a família e amigos do jovem negam essa versão e pedem esclarecimentos.
O que diz a polícia
A Polícia Militar informa que, de acordo com a Corregedoria da Corporação, o Inquérito Policial Militar (IPM) sobre o referido caso segue em curso.
Segundo a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), as investigações estão em andamento e em fase de conclusão de inquérito.
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