O julgamento da ex-deputada federal e líder religiosa Flordelis dos Santos foi marcado para o próximo dia 9 de maio. A decisão foi assinada pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói. Flordelis é acusada de orquestrar a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. A informação foi confirmada pelo assistente de acusação Ângelo Máximo.
Além da ex-parlamentar, as filhas Simone dos Santos, Marzy Teixeira e a neta Rayane dos Santos Oliveira também serão julgadas no mesmo dia.
Antes, no dia 12 de abril, haverá o julgamento de outros três filhos da pastora, além do ex-PM Marcos Siqueira e da mulher dele, Andrea Santos Maia. O casal é acusado de ajudar a ex-deputada na fraude da carta entregue a Lucas Cézar, filho adotivo de Flordelis, acusado de comprar a arma do crime.
Lucas e o irmão Flávio, filho biológico da líder religiosa, foram julgados no ano passado. Flávio foi condenado por atirar contra o padrasto.
Flordelis foi presa em agosto do ano passado, dias após perder a imunidade parlamentar. Ela segue na penitenciária Talavera Bruce, no complexo de presídios de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
Passo a passo
Anderson do Carmo foi morto a tiros na madrugada do dia 16 de junho de 2019. Ele e Flordelis haviam acabado de chegar em casa, em Pendotiba, Niterói, após uma noite amorosa na Zona Sul do Rio. O pastor estava na garagem, quando foi baleado. Ele ainda foi levado para um hospital particular, mas já estava sem vida.
Na ocasião, a ex-deputada afirmou a imprensa que o marido tinha morrido como herói, ao impedir um assalto em sua residência.
Na madrugada do crime, a polícia prendeu Lucas Cézar por conta de um mandado de prisão pendente por tráfico de drogas.
No dia do enterro do pastor, foi a vez de Flávio ser preso ameaças contra a ex-mulher.
No percursos das investigações, a Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói e São Gonçalo identificou uma trama familiar para matar o pastor.
Para a polícia, a morte de Anderson do Carmo foi orquestrada e coordenada pela ex-deputada. Ao todo, nove pessoas, entre Flordelis, filhos e netos, foram presas pelo crime. O casal Marcos Siqueira e Andrea respondem apenas pela colaboração na confecção da carta. O inquérito foi dividido em três partes.
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