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    Dona de creche e educadoras são denunciadas por maus-tratos

    Criança de três anos sofre de paralisia cerebral

    Publicado 08/06/2022 às 13:06 | Autor: Enfoco
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    MP denunciou três educadoras por maus-tratos
    MP denunciou três educadoras por maus-tratos |  Foto: Reprodução

    O Ministério Público do Rio denunciou três educadoras por crimes de maus-tratos contra uma criança de três anos. O caso aconteceu dentro da creche-escola Tempo de Construir, em Ramos, na Zona Norte do Rio. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (8).

    Segundo o MP, as denunciadas são a diretora/proprietária e duas professoras da unidade. A vítima tem paralisia cerebral e deveria ter auxílio de um educador especial durante o período em que ficava na escola.

    Em vez disso, de acordo com o Ministério Público, em vários dias a vítima sequer recebeu líquidos durante todo o período em que permaneceu na creche.

    A investigação apurou que rotineiramente o menino era mantido em sua cadeira especial por horas, privado de alimentação e cuidados básicos. 

    A denúncia diz, ainda, que a criança teve refeição distinta da oferecida aos colegas, pouca troca de fraldas, não foi levada para as atividades ao chão e nem mesmo pode desfrutar da chamada 'soneca', permanecendo presa por horas em sua cadeira na mesma posição. 

    A rotina foi flagrada pelas câmeras de vigilância da própria creche e as imagens foram devidamente periciadas.

    Esse tratamento gerou consequências para a saúde do menino. No dia 12 de setembro de 2021 ele passou mal e, ao ser levado ao médico, os pais foram informados que estava desidratado. 

    Além disso, diz o MP, ele contraiu infecção urinária possivelmente pela privação de hidratação e de adequada higienização, segundo apontou exame laboratorial. 

    Além das professoras, a diretora foi denunciada pois acompanhava de perto o trabalho delas, seja na sala de aula ou pelas câmeras de monitoramento. 

    "Dessa forma, tinha conhecimento e participação nos maus tratos, pois também não oferecia água, o mantinha sentado por horas em sua cadeira e, inclusive, retirou a educadora especial que acompanhava a vítima nas aulas", diz o Ministério Público.

    As defesas das acusadas não foram localizadas.

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