Regras
Emerson Sheik vai cumprir medidas cautelares após denúncia do MP
Ex-jogador é acusado de lavagem de dinheiro com bicheiro carioca
O ex-jogador Emerson Sheik vai cumprir uma série de medidas cautelares após ser denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por lavagem de dinheiro em conjunto com o bicheiro Bernardo Bello.
O ex-atleta, que atende pelo nome de Marcio Passos Albuquerque, e atuou em times como Corinthians, Flamengo e Fluminense, é um dos nove denunciados por fazer parte de uma organização criminosa encabeçada por Bernardo Bello.
O bicheiro foi alvo da operação Banca da Vila, deflagrada nesta sexta-feira (10), com o objetivo de cumprir um mandado de prisão contra Bello e mais nove mandados de busca e apreensão.
Agora ele terá que:
- informar ao juízo, em no máximo 15 dias, os números de telefone por meio dos quais possam ser contatados, inclusive por aplicativo de mensagem WhatsApp;
- manter junto ao juízo endereço atualizado para comunicações de atos processuais, inclusive por aplicativo de mensagens;
- proibição de se ausentar, por mais de 15 dias, da comarca onde residem sem autorização judicial;
- comparecimento bimestral em juízo para justificar suas atividades;
- proibição de contato com os demais réus, ressalvados os familiares.
As investigações tiveram início em 2020, após um um crime de homicídio contra Shanna Harrouche Garcia, ex-cunhada de Bello.
De acordo com a denúncia, na época dos fatos, ao chegar à casa do denunciado Bernardo Bello, a equipe do MP se deparou com uma residência extremamente luxuosa, absolutamente incompatível com a renda por ele declarada, razão pela qual foi instaurado procedimento investigatório criminal (PIC) objetivando apurar eventuais crimes de lavagem de dinheiro cometidos por ele e demais pessoas posteriormente identificadas.
Segundo o documento, a referida organização criminosa tem a finalidade de perpetrar o domínio da contravenção do jogo do bicho e a exploração de máquinas caça-níquel no Estado, além de todos os violentos e graves delitos daí decorrentes, como o extermínio de inimigos e opositores e a corrupção de policiais para garantir a perpetuação das infrações. Obviamente, diante da imensurável quantia movimentada pela organização, a lavagem do proveito dos ilícitos é consequência lógica do atuar criminoso.
A Justiça deferiu também a apreensão e bloqueio de bens dos denunciados. Bernardo Bello já havia sido denunciado pelo Gaeco em 2022 nas Operações Tu Quoque e Fim da Linha.
Além deles, também foram denunciados: Marina Ritter Forny; Suely de Oliveira Mendes; Marilda Aparecida Lisboa Bastos; o ex-presidente da GRES Vila Isabel, Fernando Fernandes dos Santos; Thaysa da Costa Mendes; Rodrigo dos Santos Cunha; e Sonia Maria Rossi, mãe de Bernardo Bello.
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