Registro
Entregadora agredida presta queixa contra Sandra Mathias
Ocorrência é pelos crimes de homofobia e lesão corporal
A entregadora Viviane Maria de Souza, agredida pela ex-atleta de vôlei Sandra Mathias, registrou, nesta segunda-feira (24), um boletim de ocorrência contra a mulher pelos crimes de homofobia, injúria, lesão corporal e crime de dano, já que ela teve seu ciclomotor danificado durante os ataques.
Viviane esteve na 15ª DP (Gávea) para prestar depoimento sobre a confusão que aconteceu em São Conrado, Zona Sul do Rio, e para se entregar, já que ela responde a um processo em São Paulo. Contra ela, existe um mandado de prisão pendente pelo crime de tráfico de drogas.
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A advogada da entregadora, Prisciany Sousa, não descarta a possibilidade de incluir na queixa o crime de perseguição.
"Levamos à autoridade policial fatos novos e provas novas, inclusive testemunhas novas que ainda serão ouvidas. E como a Viviane tinha esse mandado de prisão pendente, que depois a defesa descobriu, ela, de forma voluntária, quis se apresentar na delegacia, justamente para que nesse processo que corre na Justiça de São Paulo, fazer a sua defesa", explicou a advogada informando ainda que tenta revogar o pedido de prisão contra Viviane.
"Lembrando que o mandado de prisão é por descumprimento de restritiva, ou seja, ainda não tem uma sentença condenatória. O mandado se deu justamente pelo descumprimento de cautelar porque Viviane não sabia que não podia se ausentar da Comarca e veio para o Rio de Janeiro, onde já está há sete anos", completou Prisciany.
Ao chegar à delegacia, a entregadora relatou estar bastante abalada. “Ela [Sandra] abalou meu psicológico, ela acabou com a minha vida. Eu não sou mais a mesma Viviane".
Viviane afirmou ainda que é inocente e irá provar que todas as acusações por tráfico de drogas são injustas, no entanto ela tem como prioridade esclarecer sobre as agressões que sofreu de Sandra Mathias.
"Eu estou aqui para fazer justiça contra a Sandra. Eu sou inocente e estou aqui para falar para todos. E estou sendo acusada mais uma vez, injustamente", disse Viviane.
A entregadora chegou à delegacia junto com seu filho, Carlos Henrique Souza, que disse ter ficado sabendo sobre as agressões pelas reportagens na televisão. "Fiquei muito chocado. Isso me abalou muito", disse o filho de Viviane.
Carlos ainda reafirmou que a família não sabia sobre o mandado aberto pela Justiça de São Paulo.
“Fomos surpreendidos. Ela está chateada porque foi pega de surpresa. É um mandado antigo, de 2017. Ela não esconde que era consumidora de maconha. De fato, ela passou por uma custódia em São Paulo, mas achou que estava tudo bem", disse a advogada Prisciany Sousa, que representa a entregadora.
O mandado que foi aberto contra a entregadora é da cidade de Laranjal Paulista, interior de São Paulo, com validade até 2036. O documento se encontrar no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
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