Injúria
Estudante denuncia mulher por agressão e racismo em Niterói
Jorge Diogo, 26, disse que foi xingado no Campo de São Bento
O estudante de história Jorge Diogo Barboza da Silva de 26 anos alega ter sido vítima de racismo por uma mulher na última sexta-feira (4), enquanto passeava com o filho, de um ano, no Campo de São Bento, em Icaraí, Zona Sul de Niterói.
Segundo o rapaz, ele foi xingado, chamado de preto e agredido pela acusada. Tudo foi filmado por outras pessoas que presenciaram o caso.
"Tudo começou quando estava jogando bola com meu filho na quadra do Campo de São Bento, uma mulher se aproximou de um grupo de jovens e começou a chamar os mesmos de pretos, discutindo, informando que deveriam respeitar a raça branca, que estava sofrendo racismo ao ser chamada de branca", relatou pelas redes sociais.
Caso foi registrado na 77ª DP (Icaraí) como intolerância étnica, racial ou de cor. Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento para identificar a autora do fato
Segundo o estudante, não ouve troca de ofensas por parte do grupo de adolescente que a mulher insultava, mas que ela demonstrava descontrole, alegando que foi chamada de branca por eles. Em seguida, os jovens deixaram a praça, momento em que ela se dirigiu ao estudante para insultá-lo.
"Tentei explicar que não foi eu que a chamei de branca, peguei o celular e comecei a filmar no intuito de me defender, já que ela estava superagressiva, tentei explicar e afirmei mais uma vez que não existia racismo reverso, que branco não sofre racismo, nesse momento ela começou a vir pra cima de mim e me acertou dois tapas, chamou o meu filho de merda, falando que não poderíamos estar ali e expulsou a gente da praça", contou.
Foi então que o filho de Jorge começou a chorar, assustado com a situação. O estudante ressaltou que espera que a justiça seja feita: "Pensar que, em pleno 2023, pré-adolescentes não podem brincar em um local público, porque uma pessoa simplesmente os expulsam pela cor, é de partir o coração. Quero justiça, por mim, por eles. Por todos que passam por isso diariamente".
O caso foi registrado na 77ª DP (Icaraí) como intolerância étnica, racial ou de cor. Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento para identificar a autora do fato. A mulher, não identificada, não foi localizada para comentar as alegações do estudante.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!