Operação Falso Positivo

Estudantes de Campos falsificavam documentos para bolsas, diz PF

Segundo a investigação, 12 pessoas já foram indiciadas

Dentre outras provas, foi identificado, mediante quebra de sigilo bancário, que os investigados movimentaram valores exorbitantes, incompatíveis com pessoa que se disse desprovida de recursos
Dentre outras provas, foi identificado, mediante quebra de sigilo bancário, que os investigados movimentaram valores exorbitantes, incompatíveis com pessoa que se disse desprovida de recursos |  Foto: Polícia Federal
 

A Polícia Federal iniciou na manhã desta quinta-feira (26) a operação Falso Positivo, que visa apurar esquema criminoso de estudantes de medicina, que falsificavam documentos com fins de serem beneficiados com bolsas integrais de estudos em uma faculdade localizada em Campos dos Goytacazes, norte do estado do Rio de Janeiro.

Segundo a investigação, 12 pessoas já foram indiciadas, entre alunos e pais. Dentre outras provas, foi identificado, mediante quebra de sigilo bancário, que os investigados movimentaram valores exorbitantes, incompatíveis com pessoa que se disse desprovida de recursos.

Agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão. Os policiais buscam colher elementos de prova, assim como bens de investigados que falsificaram documentos e prestaram declarações falsas para se passarem por pessoas de baixa renda.

"Identificou-se, ainda, que uma das formas dos alunos se passarem por pessoa de baixa renda, eram suas inscrições no CadÚnico do Governo Federal. Com isso, além de receberem fraudulentamente as bolsas de estudos, os alunos — e, em alguns casos, os próprios pais — receberam Auxílio Emergencial, derivado das ações de enfrentamento aos efeitos da pandemia de Covid-19", disse a PF.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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