Caso Durval

'Eu quero justiça, foi racismo!', diz esposa de Durval, morto em SG

Família também acusa ausência de assistência da Marinha

Foi o segundo depoimento da esposa do repositor Durval Teófilo, morto na porta de seu condomínio.
Foi o segundo depoimento da esposa do repositor Durval Teófilo, morto na porta de seu condomínio. |  Foto: Marcelo Tavares
 

Depois de prestar um depoimento de quase duas horas, Luziane Teófilo, viúva do repositor de mercado Durval Teófilo, deixou a sede da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), no início da tarde desta quinta-feira (10). Esse foi o segundo depoimento dela na especializada. Na saída, ela reclamou justiça e voltou a afirmar que o marido foi vítima de racismo.

"Tudo que eu mais quero e estou gritando é por justiça, foi racismo sim. Nesse momento eu não aceito perdão. Foi um crime bárbaro"

Ainda de acordo com a viúva, a Marinha ainda não prestou qualquer assistência à família.

"Em nenhum momento ninguém ligou pra gente, nem pra dar os pêsames", contou a viúva.

Protesto

A família mora no condomínio há 15 anos, mas por conta do ocorrido, Luziane está na casa de familiares e pensa em se mudar do local.

"A gente não tem mais prazer em morar lá. Minha filha tinha tudo lá dentro, mas o Aurélio tirou isso da gente. Eu estou há uma semana fora de casa. Tudo do meu esposo tá lá dentro. Eu não tenho mais fôlego. Eu não me sinto segura em voltar para casa", disse.

Ainda segundo a viúva, durante o segundo depoimento, ela contou que viu toda a ação, mas não imaginava que era o marido dela que estava sendo baleado.

Segundo o advogado Luiz Claudio Aguiar, o próximo passo será a denúncia e reconstituição do fato. Novas testemunhas serão ouvidas.

Neste sábado (13) está confirmado uma manifestação para cobrar justiça. O ato irá acontecer na Praça Zé Garoto, em São Gonçalo.

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