Crime
‘Falou que ia matar', diz primo de mulher assassinada em Niterói
O corpo de Letícia Santana foi enterrado em Charitas
O corpo da dona de casa Letícia Dias Santana, de 27 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (27) no cemitério São Francisco Xavier, em Charitas, na Zona Sul de Niterói. Ela foi morta a facadas dentro da Associação de Moradores de Piratininga nesta terça-feira (26). O ex-marido é o principal suspeito e está foragido.
Amigos e familiares foram até o local para prestar homenagens à vítima usando uma camisa com a foto de Letícia. Muito abalados, não quiseram falar com a imprensa.
Um primo da vítima, que preferiu não se identificar, disse para nossa equipe de reportagem que o suspeito, identificado como Flávio Fonseca, já havia dito que iria matar Letícia.
“Ele falou que ia matar ela e se matar. Não sei se ele vai cumprir o papel dele. Uma parte ele fez. Eles sempre brigavam. Tinha muita briga, mas a gente não acreditava. O que ele falou, eu nunca acreditei que ia acontecer. Ele sempre falou ‘vou matar a sua prima’”, disse o homem.
Segundo a Polícia Civil, investigações iniciais apontam que o casamento de nove anos entre a vítima e o acusado foi marcado por agressões. Há registros de ameaça, lesão corporal simples e briga familiar, de ambas as partes.
A dona de casa deixa três filhos. Dois meninos de três e seis anos, frutos do relacionamento com o suspeito, e outro de 10 anos.
O crime
Letícia Dias Santana, de 27 anos, foi assassinada no início da tarde desta terça-feira (26) dentro da Associação de Moradores de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. O principal suspeito é o seu ex-marido, Flávio Fonseca.
De acordo com testemunhas, o crime aconteceu enquanto o homem cuidava dos filhos do casal, um de 3 anos e outro de 6, na Avenida Almirante Tamandaré, onde mora. As crianças estavam na casa do acusado, que tinha a guarda das crianças, quando Letícia chegou na residência para buscar seus filhos.
Segundo amigos relataram ao ENFOCO, as crianças teriam demonstrado resistência, e o pai teria negado a entrega dos filhos, começando uma intensa discussão. Durante a briga, os dois saíram da casa e o homem deu um soco nas costas de Letícia.
A mulher, então, teria fugido para dentro da Associação de Moradores de Piratininga, onde o crime aconteceu. Letícia foi esfaqueada e morreu no local. As duas crianças ficaram sob os cuidados de uma vizinha.
Policiais do 12º BPM (Niterói) já encontraram a mulher caída no chão, com sinais de perfurações por arma branca. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 12h34 e constatou o óbito. O suspeito conseguiu fugir.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foi acionada e investiga o caso.
Feminicídios
O enterro de Letícia foi o terceiro realizado nesta quarta-feira (27) realizado no Rio. Mais cedo, a jovem Ysabelli de Souza, de 18 anos, foi sepultada no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo. A menina foi encontrada morta sem roupa em Maricá após uma semana desaparecida. Ainda não há identificação de um suspeito do crime.
Já no Rio, Sarah Jersey Nazareth, de 24 anos, foi enterrada sob tristeza e silêncio dos familiares, também nesta quarta-feira (27). O velório e o sepultamento aconteceram no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi. A jovem foi morta a tiros na manhã desta terça-feira (26) dentro de um apartamento no bairro Santa Teresa. O ex-companheiro, principal suspeito do crime, foi preso por agentes do Segurança Presente.
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