Angústia
Família busca por mãe e bebê que sumiram no Rio
Uma das crianças foi encontrada às margens da BR-116

Uma rotina discreta foi interrompida na manhã da última quinta-feira (11), quando Rosemere da Hora, conhecida como Rose, deixou de ser vista na Rua da América, no Santo Cristo, região do Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio. Desde então, ela e a filha caçula, Maria Cecília, de apenas oito meses, permanecem desaparecidas.
O caso foi registrado por Paulo Sérgio, de 34 anos, ex-companheiro de Rose e pai de dois de seus filhos mais velhos. Segundo ele, a família vive dias de angústia desde quinta em que Rose não voltou para casa e não deu mais notícias. “Ela precisa aparecer. Os filhos têm chorado bastante. Um deles não quer nem sair de casa”, relatou ao ENFOCO.
Paulo conta que Rose tinha hábitos reservados, dividindo o tempo entre a casa e trabalhos eventuais como diarista. “Ela não era de sair, não tinha muita convivência com pessoas de fora”, afirma. Por isso, chamou atenção o relato de uma vizinha sobre a presença de uma mulher desconhecida que teria visitado Rose por três dias seguidos antes do desaparecimento.
Mulher misteriosa
De acordo com o ex-companheiro, a mulher era morena e, a cada visita, aparecia com um visual diferente. “A vizinha achou estranho porque não conhecia aquela pessoa. Primeiro, ela estava com o cabelo chanel, depois um pouco mais comprido e, na última vez, com cabelo até a cintura”, relata Paulo, com base no que lhe foi contado.
Ainda segundo ele, ninguém próximo à família sabe dizer quem é essa mulher ou como ela teria conhecido Rose. Uma das hipóteses levantadas por Paulo é que o contato tenha ocorrido na região da Avenida Presidente Vargas, onde Rose costumava buscar doações de roupas e alimentos.
“Eu não sei como a Rose conheceu essa mulher. Pode ter sido quando uma amiga a levou para pegar doações na Presidente Vargas”, disse.
Deixada pela estrada
O desaparecimento foi percebido na própria quinta. Na sexta (12), Rose não apareceu, e a polícia entrou em contato com Paulo após localizar Lavínia, de 7 anos, que também havia desaparecido com a mãe. Segundo ele, a menina teria sido deixada por ocupantes de um carro às margens da BR-116, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, informação que ainda está sendo apurada pelas autoridades. A criança foi acolhida e permanece em um abrigo.
Rosemere é mãe de cinco filhos. Dois deles, Felipe, de 17 anos, e Brenda, de 14, são frutos do relacionamento com Paulo, que a conhece desde a adolescência. Outra filha mora com o pai, e os mais novos vivem com Rose.
A família tem contado com o apoio de funcionários da ONG Entre o Céu e a Favela, que, segundo Paulo, vêm auxiliando na interlocução com a polícia e no acompanhamento do caso, inclusive nos trâmites para visitar e retirar Lavínia do abrigo.
O que diz a polícia
De acordo com a polícia, "o caso foi registrado na 4ª DP (Presidente Vargas) e encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que dá continuidade às investigações. Diligências estão em andamento para localizar" Rosemere e sua filha.
Informações sobre o paradeiro de Rose e sua filha podem ser repassadas à família pelos telefones (21) 993658726 ou pelo (21) 976319176.

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