São Gonçalo

Familiares de empresários eram principais vítimas de bandidos

Nesta quinta-feira, um sargento da PM e outro homem foram presos

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha tinha cinco membros, incluindo um sargento da PM
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha tinha cinco membros, incluindo um sargento da PM |  Foto: Divulgação / Pcerj
 

Os integrantes da quadrilha de sequestradores que agia em São Gonçalo, Maricá e Itaboraí  estudavam as vítimas antes de praticarem o crime. As vítimas eram na maioria mulheres, parentes de empresários. Segundo o delegado  Policial Márcio Esteves de Jesus, titular da 74ª DP (Alcântara), pelo menos seis sequestros foram registrados na região. Um dos alvos está foragido.

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“Diversos sequestros foram realizados na região, temos a certeza de seis deles. Os sequestradores já estavam sendo investigados pela Delegacia Antissequestro, que deu apoio na operação de hoje. Ao todo, a quadrilha tem cinco integrantes. Quatro  estão presos. As vítimas, na maioria, eram pessoas vulneráveis, mulheres parentes de empresarios”, contou.

Ainda de acordo com o delegado,  a investigação deu início quando a equipe estava à frente da 72ª DP (Mutuá). Os investigadores tomaram ciência de que a filha de um empresário havia sido sequestrada em junho deste ano assim que chegou de carro em casa. 

Os autores utilizaram o telefone da vítima para exigir a quantia inicial de R$ 50 mil para liberar a vítima. Os sequestradores disseram que se o valor não fosse pago, ela seria morta, alertando que se os familiares fossem à delegacia ela teria o mesmo fim.

Antes dos familiares comunicarem o sequestro na 72ª DP, e por temerem pela integridade física da familiar que estava em poder dos criminosos, foram pagos aos sequestradores R$ 20 mil em espécie.  A quantia foi retirada por um dos integrantes da quadrilha em um posto de gasolina no bairro de Colubandê, que foi identificado como sendo Paulo Victor. o  “PV DU BOTE”, preso por mandado de prisão em junho deste ano.

Mesmo após o primeiro pagamento, os criminosos fizeram um novo contato telefônico com os familiares da vítima, através de outro número, e passaram a exigir o restante do valor, 30 mil , desta vez a ser transferido via PIX.

Já em sede policial, a família da vítima, sem comunicar aos policiais, realizou a transferência via PIX de mais um R$ 25 mil reais. Posteriormente, a vítima foi libertada e compareceu nesta delegacia, com diversos ferimentos pelo corpo, fornecendo mais dados para início das investigações, sendo o titular do PIX identificado como sendo Marcos Paulo, o Marquito, preso em flagrante na ocasião.

“Eles não tinham horário estabelecido para agir. Agiam no momento de vulnerabilidade da vítima” , contou o delegado.

Leandro Silva Ferreira, conhecido como Léo do Catuque, foi preso nesta quinta, em sua casa na cidade de Maricá, e o sargento da Polícia Militar Thiago Silva de Araújo, foi preso por agentes da Corregedoria, em São Gonçalo. Ele é lotado no 7º BPM (São Gonçalo).

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