Com cartazes, familiares e amigos do adolescente João Pedro, morto durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, clamaram por Justiça na porta do Fórum do Colubandê, no início da tarde desta segunda-feira (5). Um ônibus foi usado para transportar os grupos.
"Não está sendo fácil, são dois anos de uma longa espera, mas esperamos que a Justiça faça a parte dela. São dois anos de muita luta, muito choro, mas esperamos que a Justiça seja feita. Eu acredito primeiramente na Justiça divina. A morte do meu filho teve grande repercussão e infelizmente a Justiça só funciona dessa forma", disse Rafaela Matos, mãe de João.
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Após dois anos, 16 testemunhas serão ouvidas nesta segunda, na primeira audiência do caso. As testemunhas serão ouvidas pela juíza Juliana Grillo El-Jaick. Três policiais civis lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) – Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister – respondem por homicídio qualificado.
Segundo Marcelo Ramalho, advogado dos réus, ele irá tentar cancelar a audiência já que detectou irregularidade junto ao Ministério Público.
"Pretendemos cancelar a audiência de hoje por conta de uma irregularidade no rolo de testemunha junto ao Ministério Público, que deveria arrolar 16 e na verdade já arrolou 26 testemunhas. No primeiro momento vamos pedir o cancelamento desta audiência para não ocasionar tumulto processual caso essas testemunhas sejam ouvidas hoje", disse.
João Pedro foi baleado e morto com um tiro de fuzil durante operação conjunta das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em maio de 2020.
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