Smoke Free
Filho do ex-governador Sérgio Cabral é alvo de operação da PF
Polícia investiga envolvimento de José Eduardo Cabral na ação
O filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, José Eduardo Cabral, é um dos alvos da operação Smoke Free, realizada pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (23), no Rio. Além dele, outras 14 pessoas também podem estar envolvidas, entre elas, sete policiais militares e um policial federal.
Dois veículos de luxo já foram apreendidos. Agentes da PF recolheram objetos, entre eles, arma, relógios e dólar. Segundo a polícia, José Eduardo é dono de uma produtora de eventos, feiras e shows, a ZC Entretenimento. Agentes da Corregedoria de Polícia Militar e Corpo de Bombeiros chegaram na sede da instituição para acompanhamento do caso.
A investigação apontou que o grupo criminoso é responsável por causar prejuízos à União de cerca de 2 bilhões de reais. O grupo também comercializa cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias.
As investigações iniciaram em 2020 e apontaram que o grupo criminoso atuou mais de uma vez, no período de quase três anos (2019 a 2022), com falsificação ou não emissão de notas fiscais, além de depositar, transportar e comercializar cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias. O grupo, aponta a PF, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros crimes.
As investigações apontaram também que a quadrilha contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenado por um policial federal e integrado por policiais militares e bombeiros, que também atuavam para atender aos interesses do grupo.
As investigações apontam ainda que os envolvidos são acusados de sonegar aproximadamente R$ 2 bilhões em impostos, segundo informações passadas pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
A Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) - da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília -, compartilhou informações e colaborou com a Polícia Federal na operação, como parte da cooperação policial internacional de longa data entre autoridades norte-americanas e brasileiras.
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