Sentença

Flamengo condenado em R$ 2,9 milhões por morte em incêndio no Ninho

Decisão foi publicada nesta quinta-feira

O juiz também determinou o pagamento de uma pensão aos familiares
O juiz também determinou o pagamento de uma pensão aos familiares |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Flamengo foi condenado nesta quinta-feira (15) a pagar quase R$ 3 milhões de indenização à família de Christian Esmério, jovem goleiro das categorias de base do clube, que perdeu a vida no trágico incêndio no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. A decisão foi proferida pelo  juiz André Aiex Baptista Martins, titular da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro. 

De acordo com o documento, a mãe e o pai da vítima, Andréia Pinto Cândido de Oliveira e Cristiano Esmério de Oliveira, receberão cada um o montante de R$ 1,412 milhão. Além disso, o irmão do jogador, Cristiano Júnior Esmério de Oliveira, será compensado com R$ 120 mil a título de reparação por dano moral.

Leia +: Revelada linha do tempo assustadora da tragédia no CT do Flamengo

O juiz também determinou o pagamento de uma pensão em favor dos pais de Christian, no valor de cinco salários mínimos (R$7 mil). Este pagamento, que já vem sendo regularmente efetuado pelo Flamengo, terá sua data de término fixada quando a vítima completaria 45 anos ou na data do óbito dos pais.

Vale ressaltar que esta ação movida pela família de Christian Esmério é a única que não chegou a um acordo com o clube. As outras 10 famílias das vítimas da tragédia no Ninho do Urubu já firmaram acordos com o Flamengo.

Em suas considerações finais, o Rubro-negro afirmou que o valor solicitado pela família do goleiro, superior a R$ 8 milhões, era "exorbitante". O clube ainda mantém a possibilidade de recorrer da decisão proferida nesta quinta.

Dez mortos 

A tragédia do Ninho do Urubu ocorreu em 8 de fevereiro de 2019, quando um incêndio devastador atingiu o centro de treinamento do Flamengo, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O incidente resultou na morte de 10 jovens jogadores das categorias de base, entre 14 e 16 anos, e deixou três feridos. As vítimas dormiam em contêineres improvisados como alojamentos, e as chamas se espalharam rapidamente, dificultando a evacuação.

< PM que matou manifestante à queima-roupa pode ir a júri popular Após fuga, presídios federais terão reconhecimento facial <