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    Crime adiado

    'Foi adiado', diz acusado de envolvimento na morte de grávida

    Suspeito contou que um problema na moto retardou a ação

    Publicado 09/03/2023 às 17:41 | Autor: Enfoco
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    Letycia Peixoto Fonseca foi morta com cinco tiros e Diogo Viola de Nadai é o principal suspeito
    Letycia Peixoto Fonseca foi morta com cinco tiros e Diogo Viola de Nadai é o principal suspeito |  Foto: Reprodução

    O piloto da moto  que participou do homicídio da grávida em Campos dos Goytacazes, Dayson dos Santos Nascimento, em seu depoimento à 134ª DP (Campos), informou que o crime deveria ter acontecido no dia 1º de março, mas por um problema no veículo precisou ser adiado para o dia seguinte. 

    O suspeito ainda contou em seu depoimento que imaginou que seria um assalto e não um homicídio.  Segundo Dayson, ele foi contratado por um homem identificado como Gabriel, de apelido Polar, que avisou que “um menino dele” passaria para buscá-lo na BR-101, na altura da Igreja Universal de Ururaí, em Campos. 

    No dia 1º, um dia antes do crime, a corrente da moto soltou durante o deslocamento, e o serviço precisou ser cancelado, segundo Dayson.

    De acordo com as investigações, Gabriel Machado Leite seria o intermediário, ou seja, o responsável por fazer a ponte entre o mandante e os executores. 

    Outros suspeitos são João Gabriel Ferreira Tavares, indicado como proprietário do veículo; Diogo Viola de Nadai, companheiro da vítima e o possível mandante do crime; além de Fabiano Conceição Silva, o garupa da moto, que teria atirado em Letycia. Os cinco estão presos.

    Dayson afirmou ter pilotado até a rua onde o crime aconteceu e que ficou desesperado quando viu o comparsa atirando em Letycia, pois teria  sido contratado para um assalto. 

    "Ele (Gabriel) ligou para o menor, falou que já estava a caminho o que a gente ia fazer. Eu fui pilotando. A placa do carro ele já tinha dado tudo certinho, desde então eu estava pensando que a gente ia assaltar o carro. Nisso cheguei, parei do lado do carro, pensei que ele ia assaltar: nisso que eu parei, ele entrou atirando. Fiquei nervoso",  contou Dayson em depoimento.

    O pagamento de R$ 5 mil foi realizado no mesmo dia do crime, por um carro de aplicativo, sobre o qual Dayson não soube mais informações. Com isso, o piloto do crime teria fugido para a cidade vizinha de Macaé. Dayson se arrependeu do crime e resolveu se entregar no último sábado (3). 

    Depoimento da mãe 

    A mãe da grávida morta com cinco tiros informou, em seu depoimento na delegacia, que o pai do bebê agiu de maneira exagerada quando recebeu a notícia da morte do filho, pois antes não estava demonstrando tanta preocupação. 

    Cintia Fonseca,  mãe de Letycia Peixoto Fonseca, afirmou que Diogo Viola de Nadai, de 37 anos, não foi visitar o filho enquanto estava internado, pois ficou em casa dormindo. Entretanto, quando obteve a confirmação da morte do bebê reagiu de forma "exagerada". 

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    "Na sexta, dia 3, enquanto a família estava na rua agindo as documentações, Diogo ficou em casa dormindo, mostrando total indiferença; Diogo, quando soube do falecimento do filho Hugo, reagiu de forma exagerada, nitidamente como se fosse um teatro, gritando, berrando, mas a declarante (Cíntia) sentiu que era falsidade" informou Cintia em depoimento, que o jornal "Extra" teve acesso. 

    Ainda na declaração, a mãe da vítima afirma que o atual suspeito usava óculos escuros no sepultamento para esconder a ausência de lágrimas. 

    "Que no enterro a cena se repetiu, sempre usando óculos escuros, para esconder que não havia uma lágrima sequer; Perguntada se o Diogo tinha ciúmes da família, respondeu que muita, pois ele via que a Letycia era muito mimada e cuidada pelos pais e pelo irmão", afirmou a mãe. 

    Cíntia também contou que horas antes do crime, Letycia confessou que Diogo havia pedido para ela fazer um empréstimo de R$ 16 mil para pagar dívidas de sua loja. Entretanto, a vítima se negou a fazer o que foi pedido. 

    A mãe da vítima estava no momento do crime e ainda foi atingida em uma das pernas, após reagir contra os criminosos. Cintia ainda informou em seu depoimento que quando recebeu alta hospitalar Diogo perguntou se ela estaria bem. Cintia respondeu: “Como estou bem? Perdi minha filha e meu neto está internado”.

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