Investigação

Francês acusado de injúria racial no Rio não comparece em delegacia

A vítima Reginaldo de Lima alega que foi chamada de macaco

Reginaldo estava trabalhando quando Gilles David começou a ofendê-lo, segundo relatos
Reginaldo estava trabalhando quando Gilles David começou a ofendê-lo, segundo relatos |  Foto: Reprodução
  

O médico francês Gilles David Teboul, acusado de racismo por um porteiro Reginaldo Silva de Lima, não compareceu à Delegacia de Copacabana (12ª DP) nesta terça-feira (5) para prestar depoimento. Ele será intimado para comparecer novamente e pode responder pelos crimes de injúria racial e ameaça.

O depoimento estava previsto para ser realizado às 14h, mas apenas o porteiro compareceu. O caso aconteceu em um prédio de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo Reginaldo, o francês o chamou de 'macaco' e chegou a agredi-lo durante o ato.

Em entrevista à TV Globo, o porteiro afirmou que estava ocupado atendendo um hóspede estrangeiro quando o francês chamou sua atenção devido a porta do elevador estar aberta. Ele contou que o homem desferiu insultos como "Você não tem capacidade para fazer essa função, seu negro, macaco, vagabundo".

Logo após, o porteiro afirma que o homem foi para cima dele, desferindo agressões físicas e ameaças de morte.

"Ele chegou já empurrando meu pescoço. Me agrediu fisicamente. Me deu soco, me deu pontapé e começou a me xingar. Ele falou que tinha dinheiro e que não ia dar em nada. Que se eu ligasse para a polícia, ia mandar me matar", disse em entrevista.

Após os ataques, Reginaldo afirma que chamou uma viatura policial e, mesmo após os agentes chegarem, o francês continuou com as ameaças e ofensas.

"Ele olhou para mim e falou que ia me matar. O policial falou para eu deixar para lá", relatou Reginaldo.

Procurada, a Polícia Civil informou que testemunhas estão sendo ouvidas e imagens das câmeras de segurança analisadas.

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