Frentista leva madeirada na cabeça e desmaia em posto no Rio

Um frentista de um posto de combustíveis foi agredido na cabeça, com um pedaço de madeira, na última segunda-feira (1º) em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A vítima chegou a desmaiar e sofreu fraturas na cabeça, nuca e clavícula. 

Marcius de Lima Sant Anna foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Municipal Miguel Couto. Ele foi liberado e se recupera em casa. O agressor ainda não foi identificado. O caso foi registrado online e está sob investigação da 12ª DP (Copacabana).

A vítima estava trabalhando no local, que fica em frente à Praça Cardeal Arcoverde, quando foi agredida pelo suspeito que, segundo testemunhas, queria usar o banheiro — que está interditado.

A interdição, relatam funcionários, ocorre por causa de um vazamento na tubulação de água. Isso teria sido explicado ao agressor, que não teria gostado, e partido para uma discussão.

"Gerou uma discussão e eles quase se agrediram. Chegou a polícia, coisa e tal, e levou o rapaz [agressor] embora. Só que a polícia levou o rapaz e largou ele no meio do caminho. O rapaz voltou e quando o frentista estava abastecendo ele veio por trás e deu uma paulada na cabeça dele. O frentista na mesma hora caiu desmaiado e ele ainda ameaçou agredi-lo de novo, mas vieram várias pessoas e ele fugiu", relatou um colega de trabalho, que não se identificou.

De acordo com o funcionário, apesar do susto, Marcius tem se recuperado. O frentista está com cinco dias de licença.

"Ele está bem. Quando ele veio do Miguel Couto eu levei ele pra casa dele, porque não estava em condições de dirigir. Ele fez todos os exames e deslocou a clavícula. Teve que colocar a tipóia, deixar o braço imobilizado. Infelizmente, hoje o ser humano perdeu o amor ao próximo", lamentou.

Nas primeiras horas do ano novo

Presidente da Associação de Moradores Praça Cardeal Arcoverde (Amave), Marcelo Lessa, viu trecho da cena, conforme relatou ao ENFOCO. De acordo com ele, o fato ocorreu no início da manhã, pouco após às 6h30.

"Tudo aconteceu quando um casal chegou no posto e o rapaz pediu para usar o banheiro. O frentista disse que estava interditado e aí começou a confusão”, explicou.

Segundo Marcelo, quando ele passou pelo local, um pouco depois, já viu o frentista sentado no chão, apoiado por outro funcionário.

"Eles tinham chamado o Samu, que ainda não havia chegado. Tentei fazer contato com eles também para agilizar, já que a vítima tinha tomado uma paulada na nuca", relata Marcelo Lessa.

Covardia

Marcelo também contou que o suspeito estava aparentemente alcoolizado, com base em relatos de testemunhas. Um policial militar que fica em uma cabine próxima foi chamado e apaziguou a situação, inicialmente.

“Quando tudo parecia estar tranquilo, esse rapaz [agressor] deixou a moça no metrô e ele reapareceu sem que ninguém tivesse notado a presença dele com um pedaço de pau pesado e acertou a nuca do frentista covardemente. O suspeito fugiu do local”, afirmou.

Marcelo, que também é primeiro secretário do Conselho Comunitário de Segurança Copacabana e Leme, contou à reportagem que Marcius tentou voltar a trabalhar no dia seguinte, mas passou mal.

“Ele foi socorrido por uma moradora e associada do Amave. Encontrei com ele depois no carro com ela e ele disse não estar bem. Um outro funcionário do posto o levou para o Hospital São Lucas, em Niterói, onde aceita o plano dele e não tive mais notícias”, contou.

A Polícia Militar disse que não foi acionada para o caso. Já a Polícia Civil informou que a 12ª DP (Copacabana) investiga o caso. "A vítima foi ouvida e diligências seguem para apurar a autoria do crime", disse a corporação.