Problema

Furtos de hidrômetros assustam moradores em São Gonçalo

Segundo relatos, moradores de rua estariam levando os aparelhos

Cerca de cinco hidrômetros foram furtados entre abril e o começo de maio
Cerca de cinco hidrômetros foram furtados entre abril e o começo de maio |  Foto: Lucas Alvarenga
 

Moradores da Rua Salvatori, no bairro Rocha, em São Gonçalo, estão tendo que lidar com um problema que parece não ter solução: os frequentes furtos de hidrômetros na região. Segundo relatos, pessoas em situação de rua que rondam o espaço durante a madrugada estão levando os aparelhos, e o tempo de espera para repor é grande. 

O barbeiro Elias Guimarães, de 63 anos, informou que há 20 dias levaram o hidrômetro da casa dele e até agora não houve reposição do equipamento. Ele relatou que já houve outros casos recentes. Só em abril, cerca de cinco medidores foram furtados, de acordo com os moradores. 

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"Estou esperando a Águas do Rio ir lá para fazer a reposição. Só aqui na rua, semana passada, levaram cerca de cinco hidrômetros. Até agora não me deram um prazo [para repor]. Aqui, nessa rua, acontece muita coisa ruim, inclusive uma senhora morreu por conta de agressão desse pessoal aí [pessoas em situação de rua]", contou. 

A Polícia Militar informou que a região não apresenta mancha criminal
  
Caso acontece na rua Salvatori, no bairro Rocha
Caso acontece na rua Salvatori, no bairro Rocha |  Foto: Lucas Alvarenga
 

De acordo com o aposentado José Souza, de 52 anos, a rua fica tomada por pessoas em situação de rua durante a noite e até mesmo de dia, mas os crimes só acontecem no período noturno. No local, a maioria dos medidores de água estão protegidos por caixas de metal e cadeados, mas nem a proteção tem impedido os furtos. 

"Eles são agressivos, a gente fica se sentindo inseguro. Eles estão levando até mesmo os hidrômetros que estão com cadeados, estão levando tudo. A Águas do Rio, que exige um trâmite burocrático para repôr, acaba deixando a gente na mão, e a gente tem que se virar como pode José Souza, aposentado
  
No local, a maioria dos medidores de água estão protegidos por caixas de metal e cadeados
No local, a maioria dos medidores de água estão protegidos por caixas de metal e cadeados |  Foto: Lucas Alvarenga
  

A Polícia Militar informou que a região não apresenta mancha criminal. A corporação acrescentou que o policiamento está reforçado na região com patrulhamento a pé e com viaturas baseadas estrategicamente. 

A Águas do Rio, concessionária responsável pela distribuição de água na região, informou que "em caso de roubo o cliente deve realizar o Registro de Ocorrência (RO) para a comprovação do delito e posteriormente acionar a concessionária. Nestes casos específicos não haverá cobrança sobre a nova instalação. Cabe ressaltar que os novos hidrômetros são modernos e não possuem componentes metálicos, ou seja, não têm valor comercial o que desestimula furtos". 

A empresa acrescentou que os hidrômetros devem ser alocados nas áreas externas das edificações para facilitar a aferição do consumo e o acompanhamento feito pela concessionária, de acordo com o regulamento de serviços.

"O hidrômetro deverá estar livre de qualquer obstáculo de forma a não haver impedimento ao seu acesso, sendo vedado impedi-lo com qualquer obstáculo que dificulte a remoção do mesmo, cortes por inadimplência ou a apuração do consumo.  A aplicação de multa está prevista quando há o descumprimento do que prevê o Contrato de Concessão e a regulamentação da Agenersa. A concessionária reforça que mantém ativos os canais de atendimento aos clientes, pelo 0800 195 0 195 (ligação e Whatsapp) e lojas físicas", finalizou.

Idosa morta

Rosemary Euzébio foi chutada e teve a cabeça batida várias vezes no chão
Rosemary Euzébio foi chutada e teve a cabeça batida várias vezes no chão |  Foto: Reprodução
  

Um crime chocou os moradores do Rocha, em São Gonçalo. A cuidadora e costureira Rosemary Euzébio, de 64 anos, foi brutalmente espancada por um desconhecido em frente a sua casa, na Rua Salvatori, na madrugada do dia 27 de março, e acabou não resistindo aos ferimentos e morreu no mesmo dia no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, para onde foi levada. 

Testemunhas contaram ainda que o agressor seria um usuário de drogas
  

Segundo testemunhas, a senhora estava na calçada se despedindo do cunhado que havia ido visitá-la e estava indo embora. Nas imagens, é possível ver quando o agressor se aproxima e, inicialmente, vai em direção ao cunhado da vítima, que é amputado do braço direito.

No momento em que Rosemary tenta evitar a agressão, o suspeito parte para cima da vítima, que foi chutada e teve a cabeça batida várias vezes no chão. O cunhado de Rosemary também teve um corte no rosto causado por um prego que o agressor usava. 

Testemunhas contaram ainda que o agressor seria um usuário de drogas e teria abordado o homem e a mulher para pedir dinheiro. Rosemary residia há cerca de 30 anos no bairro e morava atualmente com o filho, a nora e uma neta. A família e os vizinhos, ainda abalados, não quiseram comentar o crime por questões de segurança. 

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