Problema
Furtos de hidrômetros assustam moradores em São Gonçalo
Segundo relatos, moradores de rua estariam levando os aparelhos
Moradores da Rua Salvatori, no bairro Rocha, em São Gonçalo, estão tendo que lidar com um problema que parece não ter solução: os frequentes furtos de hidrômetros na região. Segundo relatos, pessoas em situação de rua que rondam o espaço durante a madrugada estão levando os aparelhos, e o tempo de espera para repor é grande.
O barbeiro Elias Guimarães, de 63 anos, informou que há 20 dias levaram o hidrômetro da casa dele e até agora não houve reposição do equipamento. Ele relatou que já houve outros casos recentes. Só em abril, cerca de cinco medidores foram furtados, de acordo com os moradores.
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"Estou esperando a Águas do Rio ir lá para fazer a reposição. Só aqui na rua, semana passada, levaram cerca de cinco hidrômetros. Até agora não me deram um prazo [para repor]. Aqui, nessa rua, acontece muita coisa ruim, inclusive uma senhora morreu por conta de agressão desse pessoal aí [pessoas em situação de rua]", contou.
A Polícia Militar informou que a região não apresenta mancha criminal
De acordo com o aposentado José Souza, de 52 anos, a rua fica tomada por pessoas em situação de rua durante a noite e até mesmo de dia, mas os crimes só acontecem no período noturno. No local, a maioria dos medidores de água estão protegidos por caixas de metal e cadeados, mas nem a proteção tem impedido os furtos.
"Eles são agressivos, a gente fica se sentindo inseguro. Eles estão levando até mesmo os hidrômetros que estão com cadeados, estão levando tudo. A Águas do Rio, que exige um trâmite burocrático para repôr, acaba deixando a gente na mão, e a gente tem que se virar como pode
A Polícia Militar informou que a região não apresenta mancha criminal. A corporação acrescentou que o policiamento está reforçado na região com patrulhamento a pé e com viaturas baseadas estrategicamente.
A Águas do Rio, concessionária responsável pela distribuição de água na região, informou que "em caso de roubo o cliente deve realizar o Registro de Ocorrência (RO) para a comprovação do delito e posteriormente acionar a concessionária. Nestes casos específicos não haverá cobrança sobre a nova instalação. Cabe ressaltar que os novos hidrômetros são modernos e não possuem componentes metálicos, ou seja, não têm valor comercial o que desestimula furtos".
A empresa acrescentou que os hidrômetros devem ser alocados nas áreas externas das edificações para facilitar a aferição do consumo e o acompanhamento feito pela concessionária, de acordo com o regulamento de serviços.
"O hidrômetro deverá estar livre de qualquer obstáculo de forma a não haver impedimento ao seu acesso, sendo vedado impedi-lo com qualquer obstáculo que dificulte a remoção do mesmo, cortes por inadimplência ou a apuração do consumo. A aplicação de multa está prevista quando há o descumprimento do que prevê o Contrato de Concessão e a regulamentação da Agenersa. A concessionária reforça que mantém ativos os canais de atendimento aos clientes, pelo 0800 195 0 195 (ligação e Whatsapp) e lojas físicas", finalizou.
Idosa morta
Um crime chocou os moradores do Rocha, em São Gonçalo. A cuidadora e costureira Rosemary Euzébio, de 64 anos, foi brutalmente espancada por um desconhecido em frente a sua casa, na Rua Salvatori, na madrugada do dia 27 de março, e acabou não resistindo aos ferimentos e morreu no mesmo dia no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, para onde foi levada.
Testemunhas contaram ainda que o agressor seria um usuário de drogas
Segundo testemunhas, a senhora estava na calçada se despedindo do cunhado que havia ido visitá-la e estava indo embora. Nas imagens, é possível ver quando o agressor se aproxima e, inicialmente, vai em direção ao cunhado da vítima, que é amputado do braço direito.
No momento em que Rosemary tenta evitar a agressão, o suspeito parte para cima da vítima, que foi chutada e teve a cabeça batida várias vezes no chão. O cunhado de Rosemary também teve um corte no rosto causado por um prego que o agressor usava.
Testemunhas contaram ainda que o agressor seria um usuário de drogas e teria abordado o homem e a mulher para pedir dinheiro. Rosemary residia há cerca de 30 anos no bairro e morava atualmente com o filho, a nora e uma neta. A família e os vizinhos, ainda abalados, não quiseram comentar o crime por questões de segurança.
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