Gerente de posto de combustíveis é presa em São Gonçalo

A gerente do posto de combustíveis “Parada 40”, no bairro Camarão, em São Gonçalo, foi presa nesta quinta-feira (11) durante operação conjunta de agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (Icce). Segundo a Polícia Civil, foi constatado fraude em uma das bombas do estabelecimento.

Os agentes foram até o posto a fim de averiguar denúncia de que o estabelecimento estaria comercializando gasolina, etanol e diesel - com suspeita de irregularidades na qualidade, e praticando a fraude popularmente conhecida como “Bomba Baixa”, inserção no tanque do auto de uma quantidade de combustível inferior a marcada no visor da bomba.

Ainda de acordo com a polícia, quando chegaram no posto os agentes constataram que o estabelecimento não ostentava bandeira de empresa distribuidora de combustível. Os policiais constataram que os funcionários trajavam uniformes da empresa Shell, constituindo uma irregularidade contra o consumidor.

Fraude

Após apresentar-se como gerente, a funcionária disponibilizou toda a documentação requisitada pelos policiais e acompanhou as fiscalizações nas bombas, tanques e coleta das amostras realizadas e acompanhadas pela perícia.

Foi identificada uma bomba com desvio no abastecimento inferior a 10% do volume total coletado, ou seja, a cada 20 litros abastecidos a bomba injetava somente 18 litros no tanque dos veículos. Após ser refeita a análise volumétrica na bomba para certificação da perícia, foi novamente constatada a fraude. A bomba foi lacrada e a gerente presa.

O que diz o estabelecimento

Segundo Marlon Silva, outro gerente do posto, a bomba que foi lacrada iria passar por manutenção, por conta de um vazamento.

“Sempre trabalhamos certinho, a bomba estava desativada, pois estava com um vazamento, mas infelizmente decidimos colocar para funcionar para não perder o combustível e infelizmente descobrimos isso durante a fiscalização de ontem. A bomba iria passar por manutenção”, contou ao ENFOCO.

Ainda de acordo com o gerente, o advogado que representa a empresa está tomando as medidas judiciais cabíveis para liberar a cliente.

“Agora é só esperar, talvez ela seja liberada hoje. Ele é uma ótima funcionária, às vezes saía tarde aqui do posto para poder receber os combustíveis”, contou.