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    Prisão domiciliar

    Grupo de Capitão Guimarães investigava rivais dentro de delegacia

    Um juiz e um delegado foram alguns dos alvos da quadrilha

    Publicado 10/12/2022 às 8:02 | Atualizado em 10/12/2022 às 9:09 | Autor: Enfoco
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    Ele foi preso na última quarta-feira (7)
    Ele foi preso na última quarta-feira (7) |  Foto: Reprodução

    Após a prisão de Aílton Guimarães Jorge, mais conhecido como Capitão Guimarães, na Operação Sicários na última quarta-feira (7), a Polícia Federal descobriu que ele e seus homens faziam pesquisas sobre a rotina de seus rivais. Um dos responsáveis pela pesquisa na quadrilha era um policial civil que fazia as buscas de informações de dentro da 66ª DP, que fica na Baixada Fluminense. Dentre os pesquisados, estava um delegado que investigava a morte de Fábio de Aguiar Sardinha, além de um juiz. 

    Guimarães foi preso acusado de ser o mandante do assassinato de Sardinha, que ocorreu em um posto de gasolina em São Gonçalo no ano de 2020. O caso vem sendo investigado desde então pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. O delegado responsável pela investigação vinha sendo acompanhado nas pesquisas feitas pelo grupo de contraventor. 

    "É de extrema preocupação a hipótese de que os denunciados e investigados possam estar levantando informações justamente sobre uma das autoridades responsável pela investigação. A realização de tais levantamentos, com incrível nível de detalhamento traz fortes indícios de que o grupo encabeçado pelos denunciados esteja preparando ações criminosas contra outros alvos", informou o Ministério Público (MP) do estado que, junto com a Polícia Federal (PF), conseguiu descobrir essas informações durante a investigação contra Guimarães. 

    Além desse delegado, a rotina de um juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que havia expedido mandados de prisão contra alguns bicheiros, e seus vizinhos também foram alvos das pesquisas do grupo. O juiz pesquisado vive na Região Serrana do estado. 

    Um delegado da Polícia Federal também foi alvo das pesquisas do grupo a pedido de Marcos Antônio dos Santos Bretas, conhecido como Marcão. Este foi preso em 2008.

    O bicheiro Marcelo Cupim também era um dos alvos do grupo de Guimarães. Guimarães e ele eram rivais. 

    Policial civil investigava para Guimarães

    Grande parte das pesquisas encontradas na investigação da PF e do MP estavam nos arquivos do policial civil Alzino Carvalho de Souza. A polícia busca encontrá-lo. Ele é o único foragido da Operação Sicários.

    Alzino tinha um mapa de onde morava o juiz investigado por eles. No telefone do policial civil, também foram encontrados dados da família de Cupim. 

    Parte das pesquisas do grupo eram feitas dentro da 66ª DP (Piabetá), onde Alzino era lotado. 

    Alzino atuava a mando do Capitão
    Alzino atuava a mando do Capitão |  Foto: Reprodução

    Capitão Guimarães preso 

    O Capitão, de 81 anos, foi preso na última quarta-feira (7) na Operação Sicários. Três mandados de prisão foram expedidos. Um contra Guimarães, que segue cumprindo prisão domiciliar desde sexta-feira (9), outro contra Deveraldo Lima Barreto e o terceiro contra Alzino, que segue foragido. Eles são acusados de participarem do assassinato de Fábio Sardinha. 

    Ainda durante a ação, um caseiro de uma das residências de Guimarães, localizada em Búzios, atirou contra os agentes da PF e acabou sendo preso. Ele foi identificado como Cristiano Cordeiro Dias. 

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