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    'Guerra que todos perdem', diz irmão de PM morto na Avenida Brasil

    Victor Hugo Lustoza Barros tinha 36 anos e deixa uma filha

    Publicado 17/04/2023 às 14:36 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Ele atuava na PM há 12 anos
    Ele atuava na PM há 12 anos |  Foto: Reprodução

    A ação de emergência desencadeada por agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na comunidade da Nova Holanda, no Complexo da Maré, nesta madrugada de segunda-feira (17), foi deflagrada depois da morte do cabo Victor Hugo Lustoza Barros. 

    LEIA+: PM é morto por criminosos ao ser atacado na Avenida Brasil 

    A família do policial informou que ele vai fazer falta, mas não apenas para eles, mas sim para toda uma sociedade por ser um profissional justo, dedicado e que buscava combater o mal. 

    “Ele veio de anos no Exército, depois fez um concurso para a polícia e entrou. Ele viu que no Exército não ia conseguir fazer o que gostava: que era combater o mal. Ele sempre trabalhou com abordagem tranquila, descontraída, quem foi abordado por ele e conheceu sabe que ele não era truculento e se precisou ser era devido à circunstância. Era uma pessoa muito correta e quem trabalhou com ele sempre aprendeu muito com ele, era um profissional bem preparado. Os colegas que trabalharam com ele aprenderam com ele. Era um profissional preparado, ele dava importância ao serviço, um bom profissional e a sociedade perde. Do lado de lá, eles defendem o lado dele e de cá, meu irmão defendia o dele. É uma guerra que todo mundo perde, uma família de lá, daqui e a sociedade que tá no meio e às vezes acontece uma baixa inesperada”, afirmou Arthur Lustoza de Miranda, irmão da vítima. 

    Ele deixa uma filha de 6 anos, a qual seu irmão é padrinho, e Arthur afirmou que vai prestar todo o apoio para a criança e a mãe dela, como prometeu ao irmão. 

    “A lembrança que fica é que era uma pessoa do bem, da paz, um amigo, um paizão, um irmão, companheiro, uma pessoa que onde chegava era fácil a convivência porque era uma pessoa super tranquila, do bem, que ajudava todo mundo, se preocupava. Em todos os gestos que ele fazia, ele era uma pessoa íntegra e honesta”, disse o irmão da vítima. 

    O sepultamento do militar será na manhã nesta terça (18), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. 

    Operação 

    O policial militar de 36 anos morreu depois de ser baleado por criminosos na Avenida Brasil, na altura de Olaria, no sábado (15). Ele chegou a ser levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e morreu no domingo (16). Ele estava em serviço quando foi baleado. Até o momento, a polícia afirma que os policiais da Nova Holanda foram os responsáveis pela morte do agente. 

    Até o momento, na operação, um criminoso morreu e outro ficou ferido após trocarem tiros com os policiais. Duas pistolas foram apreendidas, além de drogas. 

    O material apreendido e os criminosos estão sendo levados para a 21ª (Bonsucesso). A ocorrência também está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A operação na Nova Holanda segue em andamento. 

    Victor Hugo atuou em grupo socioeducativo 

    O Instituto Socioeducacional Reaprender, que realiza ações para pessoas em vulnerabilidade social (incluindo uma creche comunitária), prestou homenagens ao policial. Segundo a publicação deles, Victor Hugo foi evangelizado no local ainda quando era criança e depois ele passou a levar a filha ao local. 

    Ele ainda é filho de Adriana Lustoza, uma das voluntárias do local. 

    O caso 

    Segundo informações da Polícia Militar, Victor estava acompanhado de um colega durante o serviço no sábado (15). Eles estavam em uma viatura que dava apoio ao Batalhão de Policiamento em Vias Expressas, quando criminosos em fuga confrontaram a guarnição. Os criminosos estavam fugindo de cerco realizado pelo Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE).

    Victor foi baleado na perna. Ele chegou a ser socorrido, deu entrada no hospital em estado grave, mas veio a óbito. 

    O corpo dele está no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio.

    O cabo ingressou na Corporação em 2011 e era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Salgueiro. Ele deixa uma filha.

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