Crime

Jovem morta suspeita de ter sido envenenada por madrasta é exumada

Caso segue sob investigação e suspeita permanece presa

Ossos, cabelo entre outros materiais foram recolhidos da sepultura da família Cabral
Ossos, cabelo entre outros materiais foram recolhidos da sepultura da família Cabral |  Foto: Marcelo Eugênio
 

O corpo de Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, que morreu no último dia 28 de março, foi exumado no início da tarde desta quinta-feira (26), no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Jardim Sulacap, Zona Oeste do Rio. A jovem pode ter sido envenenada pela madrasta. O delegado Flávio Rodrigues, da Delegacia de Realengo (33ª DP) entrou em acordo com o Instituto Médico-Legal (IML) para o procedimento, sem precisar esperar autorização da Justiça.

Os investigadores suspeitam que a jovem e o irmão, um adolescente de 16 anos, que foi internado no dia 15 de abril e recebeu alta médica após quatro dias no hospital, possam ter sido vítimas de envenenamento. A principal suspeita, Cíntia Mariano Dias Cabral, está presa em Benfica. Ela era casada com o pai dos irmãos. 

As investigações apontam que os sintomas deles são típicos de um veneno conhecido como chumbinho, usado para matar ratos. 

Ossos, cabelos, entre outros materiais, foram recolhidos da sepultura. Tudo coletado foi levado para o IML do Centro do Rio.

É importante ressaltar que além do material da jovem, também será analisado o material da fauna cadavérica, que são os insetos que estão se alimentando do cadáver, fazer essa análise mais precisa Flávio Rodrigues, delegado
  

No atestado de óbito consta que a morte de Fernanda ocorreu por conta de falência múltipla dos órgãos em decorrência de causas naturais. Sem indício de crime, o corpo dela não foi submetido a necropsia.

"Muito provavelmente o médico não deve ter deslumbrado a hipótese de suspensão de intoxicação exógena, esse diagnóstico é mas fácil de ser feito por médicos do IML", contou o delegado. 

Um dos médicos prestou depoimento nesta quarta-feira (25), os outros profissionais que atenderam a jovem serão ouvidos nos próximos dias. Ao todo, 12 médicos irão prestar depoimento.

O pai e a mãe dos jovens foram até o cemitério e  acompanharam a exumação junto com os advogados. Abalados, não falaram com a imprensa.

"Vamos aguardar a conclusão do inquérito para verificar uma possível negligência. A família está bastante abalada pela morte da filha", contou o advogado Raphael Fortes.

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