Crime
Justiça define destino de jovens envolvidos na morte de atriz
Caso aconteceu na noite desta quarta-feira (5)
Foi decretada a prisão preventiva do jovem de 20 anos e a internação do menor de 15 anos envolvidos na morte da atriz Eliane Lorett. A decisão partiu da juíza Flavia Fernandes de Melo Balieiro Diniz, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio, que avaliou a prova da materialidade do crime e indícios da autoria.
A vítima, que era atriz e professora, morreu após ser baleada em uma tentativa de assalto em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, na noite desta quarta-feira (5).
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"No que se refere ao perigo da liberdade, tendo em vista a inegável gravidade dos fatos, latrocínio consumado, bem como a ausência de comprovação de ocupação lícita, dão conta de que o sujeito, caso posto em liberdade, voltará a delinquir, causando prejuízo à ordem pública", diz o despacho de prisão do mais velho.
A Polícia Civil localizou e deteve na manhã desta sexta-feira (7) a dupla. O menor confessou aos policiais que teria efetuado os disparos. Segundo as investigações, o rapaz atirou duas vezes usando um revólver calibre 38 a mando do comparsa.
Ele também afirmou que conseguiu a arma com um traficante de Honório Gurgel, com um combinado de dividir o que roubasse com o bandido. Segundo ele, após o crime entregou a arma em uma boca de fumo. O comparsa preso é enteado de um PM. O adolescente também afirmou que foi seu primeiro roubo e que não sabia ter matado a vítima.
"Cruel e selvagem"
Familiares e amigos de Eliane Lorett de Campos, de 58 anos, estiveram presentes no sepultamento para um último adeus nesta sexta-feira (7), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
Renato Lorett, irmão de Eliane, relembrou que a mulher sempre foi um ser humano de superação e que passou por momentos complicados na vida, mas de cabeça erguida. Sobre sentimentos de raiva, o irmão da vítima afirma que fica sim uma indignação pela forma brutal como a vida da vítima foi tirada, mas que o amor e fraternidade se sobressaem.
"Nós estamos vivendo em uma sociedade que a tragédia acaba não sendo só nossa. A dor dessa ausência nunca será apagada. Apesar do nosso humano trazer indignação, porque é um parente nosso sofrer uma agressão tão cruel e selvagem, como ela sofreu, é complicado. Mas o amor que ela deixou vai viver nos nossos corações. Isso nos redime de qualquer ódio. Há uma banalização, uma desumanização da vida, não sei se movida pela questão da precariedade social ou financeira", disse Lorett.
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