Niterói
Justiça expede novo mandado de prisão contra agressor de criança
Victor Possobom irá responder por violência psicológica
O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu mais um mandado de prisão contra Victor Arthur Possobom, preso por agredir e sufocar o ex-enteado de quatro anos em Niterói. A nova ordem corresponde ao crime de violência psicológica contra Jéssica Jordão, ex-mulher e mãe do menino agredido.
De acordo com a decisão do juiz João Guilherme Chaves Rosas Filho, a mulher foi mantida em cárcere privado. Por isso, medidas protetivas contra o rapaz não seriam suficientes para proteger a vítima, se tornando perigoso.
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Possobom está preso desde sexta-feira (16) depois de se entregar na 77ª DP (Icaraí). Ele irá responder pelo crime de tortura e concurso de pessoa contra o ex-enteado.
O caso
As agressões à criança foram denunciadas em fevereiro deste ano na 77ª DP por um síndico do prédio onde a família morava que viu, por imagens de câmeras de segurança, que o acusado agrediu o menino de quatro anos. Depois de descobrir o caso pela denúncia do síndico, Jéssica foi levada para um apartamento na Região Oceânica de Niterói, onde foi mantida em cárcere privado por Victor.
Lá, ela relatou que viveu momentos de tensão e chegou a engravidar novamente do agressor.
“Lá fui agredida, torturada, violentada, tive o uso de celular restrito, fiquei em cárcere privado. Durante esses abusos, eu engravidei e no dia 21 de julho perdi o bebê. A mãe desse agressor me levou para um hospital em São Gonçalo e me vigiou lá para que eu não falasse com ninguém. Retiraram o feto. Voltei para casa e as agressões continuaram. Só consegui fugir no dia 27 de julho”, relatou ela.
A pequena bebê de um ano estava com Victor desde que Jessica fugiu do cárcere. No entanto, nesses últimos dias, a neném estava com a avó. Em audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira (19) no Fórum Desembargador Enéas Marzano, em Niterói, foi decicido que a neném ficará, provisoriamente, com a guarda compartilhada entre a mãe e a avó paterna.
Procurada, o advogado Daniel Aguiar, que defende o acusado, informou que não pode dar mais informações porque o processo corre em segredo de Justiça.
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