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    Habeas corpus

    Justiça manda soltar pela 2ª vez médico de SG acusado por morte de paciente

    Armando Marins pode deixar cadeia a qualquer momento

    Publicado 08/07/2025 às 10:11 | Atualizado em 08/07/2025 às 13:30 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Armando Marins sendo preso em 23 de maio
    Armando Marins sendo preso em 23 de maio |  Foto: Arquivo / Péricles Cutrim

    A Justiça mandou soltar pela segunda vez o médico e ex-vereador de São Gonçalo, Armando Marins, acusado de envolvimento na morte da paciente Priscilla dos Santos Nascimento, que faleceu após realizar um procedimento estético para tratamento de varizes. A decisão foi tomada pelo desembargador João Ziraldo Maia, em 2 de julho.

    De acordo com a defesa, Marins, que está preso desde 23 de maio, poderá ser libertado já nesta terça-feira (8), após a concessão de um habeas corpus. Após sair deixar o presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio, ele seguirá com medidas cautelares.

    Na prisão mais recente, ele foi encontrado em Teresópolis, na Região Serrana, uma semana após ser detido pela primeira vez, e chegou a ser considerado foragido.

    Segundo a Polícia Civil, a prisão de Marins ocorreu após ele descumprir ordens judiciais, reabrindo ilegalmente sua clínica. Investigadores encontraram, ainda, medicamentos fora da validade na unidade, o que agravou a situação do médico.

    Os advogados criminalistas Marcello Ramalho e Raphael Mattos, que representam a defesa, consideram que a prisão de Marins foi ilegal:


    Aspas da citação
    [A nova soltura] será cumprida dentro do processo da justiça. Foi concedida uma liminar em habeas corpus, e o desembargador reconsiderou que a prisão foi decretada fora dos requisitos legais da temporária
    Marcello Ramalho, advogado criminalista
    Aspas da citação
    Representante de defesa, o advogado criminalista Marcello Ramalho
    Representante de defesa, o advogado criminalista Marcello Ramalho |  Foto: Arquivo / Péricles Cutrim

    Além do médico, o administrador da clínica, Alexandre Suares Madureira, passou a ser formalmente investigado por envolvimento em irregularidades sanitárias e práticas médicas ilegais, e também foi preso.

    Relembre

    Polícia disse, na ocasião, que voltou a achar remédios vencidos na clínica do médico Armando Marins
    Polícia disse, na ocasião, que voltou a achar remédios vencidos na clínica do médico Armando Marins |  Foto: Arquivo / Péricles Cutrim

    O médico Armando Marins foi preso pela primeira vez em 16 de maio, depois que a Polícia Civil encontrou medicamentos vencidos na clínica onde ele atende, em São Gonçalo. Ele foi levado para a 78ª DP (Fonseca), em Niterói, e saiu do local mandando beijos para populares que o chamaram de “assassino”.

    Conforme a polícia, após a primeira soltura de Marins, em 17 de maio, a clínica interditada voltou a funcionar de forma clandestina, e o médico teria mantido contato com os funcionários, violando a decisão judicial.

    Em 23 de junho, a Polícia Civil voltou ao local para cumprir mandados de busca e apreensão. Na mesma data, ele foi preso em Teresópolis, na Região Serrana. Durante a operação, a clínica em São Gonçalo foi novamente interditada e mais medicamentos vencidos foram encontrados, apontou a polícia.

    Na ocasião, a defesa de Armando Marins afirmou que seu cliente não teve envolvimento direto nas novas infrações:

    “O doutor Armando Marins não teve qualquer participação na reabertura da clínica nem relação com os medicamentos vencidos encontrados no local. Estamos colaborando com as autoridades justamente para esclarecer essas circunstâncias", enfatizou o advogado Marcello Ramalho.

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    Ezequiel Manhães

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