Decisão

Justiça nega pedido de sigilo no processo contra Bruno Krupp

Modelo ficou preso por oito meses acusado de matar jovem

Krupp tem pedido negado na Justiça
Krupp tem pedido negado na Justiça |  Foto: Reprodução/Instagram
 

A defesa de Bruno Krupp solicitou na Justiça que o processo criminal sobre a morte do jovem João Gabriel Cardim Guimarães, no qual Krupp é réu, fosse mantido em sigilo, após o modelo deixar a penitenciária de Bangu 8, no Rio de Janeiro, no último dia 29. A justificativa dada pela defesa foi que o endereço de Krupp estava sendo exposto. O juiz do caso, Gustavo Kalil, não aceitou o pedido.

O magistrado, no entanto, solicitou que o endereço do modelo fosse ocultado do processo, destacando que a ação é pública e pode ser acompanhada pela sociedade, mas informações particulares dos envolvidos, como endereços de testemunhas, vítimas e acusados, não devem ser publicadas.

“O acusado continua detentor do direito constitucional à privacidade e intimidade. O acautelamento em cartório, de modo sigiloso, do endereço do réu em nada atrapalha a marcha processual. A sociedade tem direito de acesso aos atos do processo, mas não a informações particulares de personagens processuais. Assim, defiro que o endereço do réu permaneça em sigilo absoluto e acautelado em cartório. Eventuais mandados de intimação deverão ser expedidos de forma sigilosa ou intimado o réu por telefone, solicitando-se cooperação da parte para pronto atendimento”, diz o magistrado em trecho da decisão.

O juiz reconheceu que Krupp tem direito à privacidade, e que o sigilo do endereço não prejudica o andamento do processo. Assim, a decisão autoriza que esses dados permaneçam em sigilo. As futuras intimações deverão ser expedidas de forma sigilosa ou o réu deverá ser intimado por telefone.

Liberdade provisória

Após oito meses de prisão na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, Bruno Krupp deixou a prisão por meio de um habeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março de 2022. 

No final do mês de agosto, o juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Gustavo Gomes Kalil, o tornou réu por homicídio com dolo eventual, que é quando se assume o risco de matar.

O Caso

O modelo Bruno Krupp, ex-namorado de Sarah Poncio, se envolveu em um acidente grave no dia 30 de julho do ano passado e atropelou um adolescente de 16 anos, na Avenida Lúcio Costa, próximo ao Posto 3, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Testemunhas afirmam que o modelo estava pilotando uma motocicleta em alta velocidade quando atingiu o menor que estava com a mãe, atravessando a rua.

A vítima foi socorrida com vida, mas sofreu uma amputação traumática da perna esquerda. O adolescente foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde veio a óbito.

Na primeira audiência de instrução do caso, Krupp admitiu que dirigia a mais de 100Km/h, contudo negou responder questionamentos do Ministério Público e do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital. 

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