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    Reviravolta

    Mãe e padrasto presos por morte de menino em Itaboraí

    Acusados disseram que a criança havia se suicidado

    Publicado 11/07/2022 às 17:18 | Autor: Saulo Junior
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    Menino Kauã
    Menino Kauã |  Foto: Reprodução

    Kauã Almeida Tavares, de 10 anos, pode ter sido morto por sua mãe, Suelen da Conceição Almeida, e seu padrasto, Alan Ferreira da Silva, no dia 17 de março deste ano. O assassinato aconteceu em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. 

    Inicialmente, os dois relataram que o menino havia cometido suicídio, mas o depoimento foi considerado contraditório pela Polícia Civil. Após a investigação, os dois foram indiciados com a acusação de homicídio duplamente qualificado.

    O ENFOCO conversou com Fábio Asty, delegado responsável pelo caso, registrado na 74ª DP (Alcântara)  Ele explicou que o testemunho de Suelen e Alan levantou suspeitas por parte dos investigadores e também da família. O depoimento dos dois dava conta de que o menino havia se enforcado.

    Aspas da citação
    A versão inicial foi muito desconfiada, não só pelos investigadores, mas também pelos próprios familiares. Fizemos uma reprodução simulada na semana retrasada. Nessa diligência, tivemos certeza que não houve enforcamento. O perito legista também deixou claro que havia marcas de dedos no pescoço, que é compatível com uma esganadura.
    Fábio Asty delegado
    Aspas da citação
      

    Na reprodução simulada, houve contradição entre os dois acusados. Além disso, eles disseram que o menino foi encontrado de joelhos, fazendo com que a polícia duvidasse ainda mais da palavra da mãe e do padrasto. 

    ''A posição que a criança estava, segundo eles, não era razoável para uma situação de enforcamento. Se ele estivesse com os joelhos no chão, não haveria possibilidade de haver tração no pescoço para causar a fratura característica de enforcamentos'', garantiu.

    Delegado responsável pela investigação
    Delegado responsável pela investigação |  Foto: Lucas Alvarenga

    Fábio também conta que eles alegaram que o enforcamento foi feito com um material que até hoje não foi encontrado, sendo essa mais uma evidência de que os dois teriam mentido em seus relatos.

    Aspas da citação
    Segundo eles, o enforcamento aconteceu com uma guia de cachorro, que até agora não foi localizada. A partir do momento que as evidências criminais foram surgindo, eles passaram à condição de suspeitos e agora, com o encerramento do inquérito, eles serão indiciados
    Fábio Asty Delegado
    Aspas da citação
      
    Investigação foi feita pela 74ª DP com colaboração da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo
    Investigação foi feita pela 74ª DP com colaboração da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo |  Foto: Lucas Alvarenga

    A Polícia Civil já indiciou os dois ao Ministério Público por homicídio duplamente qualificado. Eles já se encontram no sistema prisional.

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