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    Manifestação reúne milhares de pessoas contra megaoperação no Rio

    Movimentos sociais e famílias dos suspeitos estão no protesto

    Publicado 31/10/2025 às 16:37 | Autor: Enfoco
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    O ato acontece no Campo do Ordem, no Complexo da Penha
    O ato acontece no Campo do Ordem, no Complexo da Penha |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

    Milhares de pessoas estão na tarde desta sexta-feira (31) no Campo do Ordem, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, em um grande ato para protestar contra a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão na última terça-feira (28), que deixou 121 mortos, entre acusados de envolvimento contra o tráfico de drogas e quatro policiais (dois civis e dois militares). 

    O protesto, organizado pelas famílias dos suspeitos de ligados ao crime, movimentos sociais, entidades comunitárias e organizações negras, tem como objetivo denunciar o número recorde de mortes e cobrar justiça e transparência nas investigações.

    O encontro, começou por volta das 13h, com concentração no campo do Complexo da Penha. Antes mesmo do horário marcado, uma carreata de motos atravessou as ruas da comunidade em direção ao ponto de encontro.

    Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram uma multidão com cartazes pedindo justiça pelas vítimas e criticando o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

    Cartazes pedem justiça pelas vítimas e criticam o governador Cláudio Castro
    Cartazes pedem justiça pelas vítimas e criticam o governador Cláudio Castro |  Foto: Reprodução

    Entre as organizações que participam da manifestação estão a Coalizão Negra por Direitos, o Movimento Mulheres Negras Decidem, o Instituto Papo Reto, o Raízes em Movimento, o Voz das Comunidades e a Frente Penha, além de coletivos de moradores dos complexos da Penha e do Alemão.

    O ato também busca prestar solidariedade a familiares e amigos das vítimas, além de exigir uma apuração plena, transparente e independente sobre as circunstâncias das mortes.

    Operação mais letal da história 

    A manifestação ocorre três dias após a Operação Contenção, deflagrada pelas polícias Civil e Militar, que deixou 121 mortos, sendo 117 suspeitos e quatro policiais.

    Segundo a Polícia Civil, a ação teve como objetivo conter o avanço da facção Comando Vermelho e cumprir 280 mandados judiciais. A operação mobilizou 2,5 mil agentes, resultando em 113 prisões, 118 armas apreendidas e na apreensão de drogas.

    De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, até esta sexta-feira (31), 99 mortos foram identificados, incluindo 40 suspeitos oriundos de outros estados. A operação é considerada a mais letal da história do Brasil e também a mais sangrenta no Rio de Janeiro nos últimos 15 anos.

    Os confrontos provocaram pânico em diferentes áreas da cidade. Houve bloqueios em vias expressas, fechamento de escolas e unidades de saúde, além da interrupção temporária de serviços públicos em parte da zona norte.

    Enquanto as autoridades defendem a ação como necessária para “conter o crime organizado”, moradores e entidades de direitos humanos denunciam o que chamam de execuções e excessos policiais. O Ministério Público do Rio informou que vai acompanhar as investigações sobre as mortes.

    Nesta sexta-feira, o clima no Complexo da Penha era de luto e indignação. No ato, faixas com os dizeres “Quantos mais?” e “O Estado mata e chama de operação” resumiam o sentimento de revolta que mobilizou a multidão.

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