Audiência em Maricá
Maria Eduarda: Defesa do acusado diz que ela morreu em ato sexual
Segundo acusação, foi sustentado que adolescente teve hemorragia
Com uma maquete que mostrava diferentes tamanhos de pênis, a defesa de Gustavo Diniz Frazão, acusado de matar Maria Eduarda de Oliveira Ramos, então com 16 anos à época do crime, em Maricá, usou a tese de que a adolescente teria morrido durante relação sexual com o réu durante a primeira audiência do caso, realizado nesta segunda-feira (14), no Fórum de Maricá. As informações são da advogada da família da vítima.
Maria Eduarda foi encontrada morta no dia 30 de janeiro deste ano em uma área de mata na Rua 33, na Estrada dos Cajueiros, em Itaipuaçu. Ela ficou desaparecida durante nove dias.
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Gustavo Frazão, que está no sistema prisional, participou da audiência de forma virtual. O pai, a prima e amigas de Maria Eduarda também depuseram como testemunhas de acusação no caso mas presencialmente.
Segundo a advogada Ingrid Menendez, que representa a família de Maria Eduarda, a defesa do acusado qualificou a estratégica da defesa como "bizarra".
“A defesa está querendo sair do homicídio doloso para o culposo. Para isso, ela começou a levantar a tese que a vítima morreu por hemorragia devido ao tamanho do órgão genital do acusado. Eu vejo que é uma forma bem anormal, bem incomum dela tentar diminuir a pena do acusado. Foi ouvido um próprio assistente técnico durante a audiência. Não há relatos no mundo de nenhuma vítima que tenha morrido por esse motivo, é uma coisa ilusória. O laudo necroscópico atestou, inclusive, que Maria Eduarda tinha sinais de enforcamento e lesão no tórax, que caracteriza que foram essas as causas da morte”, disse.
O juiz deu cinco dias úteis para a manifestação dos quesitos relacionados e laudos periciais que estão no processo. Outros duas audiências ainda serão marcadas, segundo a advogada da família de Maricá.
O ENFOCO tentou contato com a defesa do acusado, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.
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