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    Massoterapeuta é indiciado por morte de nutricionista em SG

    Publicado 10/02/2021 às 13:58 | Autor: Alan Emiliano
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    Imagem ilustrativa da imagem Massoterapeuta é indiciado por morte de nutricionista em SG
    Nutricionista morreu em outubro de 2020. Foto: Redes Sociais

    Um massoterapeuta foi indiciado pela morte da nutricionista Patrícia Rodrigues dos Santos, de 34 anos, que aconteceu em outubro do ano passado, após a realização de um procedimento estético em uma clínica localizada no Alcântara, em São Gonçalo.

    De acordo com o delegado responsável pela investigação, Allan Duarte, titular da Delegacia do Mutuá (72ª DP), o indiciamento ocorreu após a realização do segundo laudo médico, que constatou que a causa da morte da nutricionista foi uma embolia pulmonar causada pela colocação de 4 ml de silicone industrial na região dos glúteos.

    O massoterapeuta foi indiciado por homicídio doloso, pois não teve a intenção de matar, mas assumiu o risco de realizar o procedimento irregular e exercício ilegal da medicina, por não apresentar nenhum documento profissional comprobatório para a exercer a função.

    Na época, a mulher teria desembolsado o valor de R$ 2,1 mil para realizar o procedimento estético que causou a sua morte em menos de 24 horas após a introdução do silicone.

    “Pedimos a realização de um primeiro exame para detectar a causa da morte da Patrícia, mas o resultado deu inconclusivo. Logo após, solicitamos outro procedimento que detectou que a morte da nutricionista foi a colocação do silicone industrial. Sendo assim, indiciamos o massoterapeuta, que não nos entregou nenhum documento profissional que permitisse essa atividade dentro da clínica onde foi realizada a colocação do silicone. Ele responderá em liberdade por homicídio doloso e exercício ilegal da medicina”.

    Allan Duarte, delegado da Delegacia do Mutuá (72ªDP)

    A pena para o homicídio doloso varia entre seis e 20 anos de prisão. Já para o crime de exercício ilegal da profissão, a pena varia entre seis meses e 2 anos.

    Pedido por justiça e valorização da mulher

    “Temos que valorizar a mulher que a Patrícia sempre foi. Carinhosa, trabalhadora, uma profissional ímpar". O relato é da amiga e parceira de profissão Michelly Boechat, que esteve na sede da 72ª DP, na manhã desta quarta-feira (10), para defender a companheira e buscar justiça pelo ocorrido.

    “Tudo que eu, a família e os amigos querem é a justiça pelo ocorrido. Quantas pessoas já devem ter passado por isso? Mas o caso dela veio a tona. Que esse homem, que não podemos chamar de profissional, pague pelo ocorrido de forma severa”, disse.

    Michelly contou que ela e Patrícia possuíam um projeto sobre dicas de nutrição para as pessoas que se interessavam pela área. O projeto funcionava em um instituto de beleza, localizado no Centro de São Gonçalo.

    “Ela era uma profissional sem palavras. Sempre disposta a ajudar e com o coração aberto para proporcionar uma alimentação e uma vida melhor para todos os seus pacientes. É uma perda muito grande para a profissão e principalmente para toda a família, que sofre até hoje pelo ocorrido”, concluiu Michelly.

    Relembre o caso

    A nutricionista Patrícia Rodrigues dos Santos morreu no dia 21 de outubro de 2020, após realizar um procedimento de colocação de silicone nos glúteos. A vítima levou o material até a clínica, localizada no Alcântara, e realizou o pagamento do procedimento estético através do cartão de crédito.

    Em menos de 24 horas após a realização do procedimento estético, a nutricionista deu entrada no Pronto Socorro Central de São Gonçalo (PSCSG), se queixando de fortes dores. Ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local.

    Na época, os policiais já tinham a informação de que o massoterapeuta não possuía habilitação para exercer tal procedimento e a clínica onde foi realizada a colocação do silicone não possuía alvará de funcionamento.

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