Indignação

'Matou meu filho de novo', diz Leniel sobre soltura da mãe de Henry

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Pai do menino Henry cobrou a Justiça sobre a decisão
Pai do menino Henry cobrou a Justiça sobre a decisão |  Foto: Karina Cruz
 

Após a decisão da Justiça de revogar, na última sexta-feira (26), a prisão de Monique Medeiros, acusada de ter participação na morte de seu filho Henry Borel, em março de 2021, no Rio, o pai do menino, Leniel Borel, mostrou indignação, através das redes sociais, sobre o episódio. 

Segundo o engenheiro, a decisão mata, pela segunda vez, seu filho, além de questionar o ministro sobre a decisão de mandar para a casa a mãe de Henry. 

"Nessa última sexta-feira (26), o Supremo Tribunal de Justiça Brasileiro, representado pelo ministro João Otávio de Noronha, matou novamente o meu filhinho Henry. O ministro, através de uma decisão monocrática e irresponsável, revogou a prisão e concedeu liberdade para Monique Medeiros", disse Leniel. 

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O pedido da revogação da prisão foi feito pela defesa de Monique, que diz que o processo seguirá normal. 

"A defesa informa que sempre confiou no Poder Judiciário brasileiro. Esta decisão é um exemplo do seu comprometimento com a Constituição Federal. O trabalho técnico/teórico e respeitoso é a base estrutural de toda atuação defensiva dos advogados de Monique Medeiros. O processo seguirá seu trâmite normal”, escreveram os advogados Hugo Novais, Thiago Minagé e Camila Jacone em uma nota conjunta. 

Como pai, como cidadão desse país, como ser humano, gostaria de saber baseado em quais premissas o senhor concedeu a Monique Medeiros o direito de ir e vir sem nenhuma restrição? Com tantas acusações concretas de crimes, incluindo um crime contra a vida e coação à testemunha, que pesam sobre a ré. Estamos falando de uma criança de apenas quatro anos de idade que foi covardemente assassinada Leniel Borel, pai de Henry
  

Em um vídeo postado na internet, Leniel, no entanto, demonstrou toda a sua indignação com a nova decisão do caso. Ele diz que o pedido foi feito por um habeaus corpus da defesa que não foi analisado, mas concedido de ofício, o que segundo ele quer dizer que foi atendido por iniciativa do próprio ministro.

"Senhor ministro João Otávio de Noronha, eu, Leniel, como pai, como cidadão desse país, como ser humano, gostaria de saber baseado em quais premissas o senhor concedeu a Monique Medeiros o direito de ir e vir sem nenhuma restrição? Com tantas acusações concretas de crimes, incluindo um crime contra a vida e coação à testemunha, que pesam sobre a ré. Estamos falando de uma criança de apenas quatro anos de idade que foi covardemente assassinada com total conhecimento e omissão da sua genitora", diz ele.

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Ao final de seu pronunciamento, ele ainda ressalta que achou a atitude irresponsável e afirma: "Ministro, o limite da Justiça é a lei". 

O pai do menino Henry usa as redes sociais constantemente para demonstrar seu amor pelo filho e pedir justiça no caso. 

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Uma publicação compartilhada por Leniel Borel de Almeida Junior (@lenielborel)

Monique é ré por tortura e assassinato de seu filho, Henry Borel. O menino deu entrada no hospital já sem vida no dia 8 de março de 2021. Acredita-se que a criança foi agredida por Jairinho, ex-vereador e marido de Monique, e ela teria sido conivente. Ambos negam as acusações. O ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, segue preso.

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