Triste
Médica da Marinha tinha planos de abrir casa para idosos
Declaração foi revelada pelo filho em entrevista à TV Globo
Carlos Eduardo, filho mais velho da capitão de Mar e Guerra e médica da Marinha, Gisele Mendes de Souza e Mello, que morreu após ser atingida na cabeça por uma bala perdida dentro da Escola de Saúde da Marinha, no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio, afirmou em entrevista ao programa "Encontro", da TV Globo, na manhã desta terça-feira (17), que a mãe tinha planos de abrir uma casa para idosos.
Ela ia tentar realizar o sonho dela, de ter uma casa geriátrica para cuidar de outros idosos
Gisele morreu no dia 10 de dezembro, justamente no dia do aniversário de Daniel Mello, outro filho dela. A médica foi atingida por um tiro durante uma operação policial na comunidade do Gambá, no Lins de Vasconcelos.
O tiro que atingiu Gisele entrou pela testa e ficou alojado na nuca. A polícia ainda não tem certeza sobre a arma que fez o disparo, mas acredita que o projétil seja de pistola. Uma janela do prédio onde fica o auditório, local onde a médica estava, tem marca do tiro. No dia seguinte após a morte da médica, ao menos oito veículos blindados da Marinha circulavam pela região do Complexo do Lins.
“A gente não quer vingança, mas uma vida melhor para as pessoas e que ninguém perca a mãe como a gente perdeu e ninguém perca o filho como tantas pessoas perderam”, desabafou o filho.
Gisele foi diretora do Hospital da Marinha de Brasília. Há 1 ano ela voltou para o Rio de Janeiro para trabalhar no Hospital Naval Marcílio Dias
O jovem afirmou que vem recebendo diversas condolências e agradeceu pelas mensagens de apoio. Ele também descreveu a mãe como uma pessoa feliz e alegre.
Por fim, ele pediu para que as autoridades combatam a violência de forma mais efetiva. Gisele foi atingida enquanto participava de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha.
“Gostaria muito de ver uma perspectiva lá na frente, mas a gente não vê, de que essas coisas parem de ser, de que essa guerra que dura décadas, em algum momento, isso mude”, finalizou Cadu.
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