Violência
Medo e insegurança onde tiroteio deixou mulher morta em Itaboraí
Padaria tem marcas de tiros nas paredes
O clima na Rua José Leandro, em Itaboraí, é de medo e insegurança. É nessa via que fica localizada a padaria onde ocorreu o ataque de criminosos que causou a morte da doméstica Gilsiara Alcântara, de 37 anos, no sábado (22), no bairro Retiro São Joaquim.
Além dela, o tio e o marido foram baleados. O alvo seria um outro homem que também foi atingido. Os três seguem internados no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo.
“Gilsiara é muito querida. Ela era amada por todos, uma mãe incrível, um amor de pessoa”, contou uma vizinha que preferiu se manter no anonimato.
Gilsiara morava próximo ao local onde o crime ocorreu. Ela era uma das sete pessoas que estavam sentadas do lado de fora do estabelecimento quando um criminoso chegou atirando de moto. Das sete, três foram para o hospital, três conseguiram correr e uma morreu no local.
A padaria ainda possui marcas de tiros em suas paredes e segue funcionando normalmente. Os donos do espaço preferiram não falar com a imprensa.
“Aqui no bairro não tem violência, é bem tranquilo, mas sabemos que tem criminosos tentando invadir o local para dominar, por isso, esses episódios têm sido comuns. Temos medo, né? Não sabemos o que pode ocorrer”, disse uma outra pessoa que também escolheu permanecer anônima.
Segundo a filha de Gilsiara, ela era uma figura conhecida no local e não tinha nenhum envolvimento com o crime. O corpo da vítima será sepultado no Cemitério São João Batista, em Itaboraí, nesta segunda (24).
De acordo com a Polícia Militar, equipes do 35° BPM (Itaboraí) foram acionados para o local no sábado (22) e checaram uma ocorrência que envolvia disparos na região.
Conforme a PM, dentro do estabelecimento constataram a morte da mulher. Duas granadas foram apreendidas, a área foi isolada e a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foi acionada.
Em 2021, os criminosos tentaram matar o policial civil Wellington Emerick, que voltava de futebol com amigos e protegia o bairro. Ele não era bem visto pelos criminosos, pois evitava que o crime crescesse pelo local. Um cadeirante inocente, inclusive, foi atingido na época e morreu no local.
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