Investigação
Menina baleada: policial diz que disparou após ouvir som de tiro
Agente da PRF prestou depoimento nesta sexta-feira
O agente Fabiano Menacho Ferreira, investigado pelos disparos que acertaram uma menina de 3 anos durante uma abordagem da PRF nesta quinta-feira (7), no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, prestou depoimento sobre o caso. Ele afirmou que atirou após acreditar ter ouvido um barulho de tiro. A criança estava no carro com seus pais, tia e irmã quando os disparos foram efetuados contra o veículo.
Segundo Ferreira, ele e outros dois colegas começaram a perseguir o veículo depois de constatarem que o carro era produto de um roubo. O pai da criança, William Silva, no entanto, alegou desconhecimento dessa situação.
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Ele admitiu ter efetuado três disparos com um fuzil calibre 556 na direção do Peugeot onde a criança estava com a família, alegando que a situação o levou a supor que o disparo que ouviu havia vindo daquele veículo. Ferreira reconheceu que os tiros atingiram a menina e relatou que a socorreu em sua viatura, levando-a ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes.
A Polícia Civil confirmou que o carro que transportava a menina era, de fato, roubado. O motorista e pai da criança, William Silva, afirmou que adquiriu o veículo recentemente e não tinha conhecimento de sua irregularidade.
Heloísa dos Santos Silva foi prontamente socorrida e levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde passou por uma cirurgia. Conforme o boletim médico divulgado às 16h40 desta sexta-feira (8), a menina encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (CTI) e seu estado de saúde é considerado grave.
Relembre o caso
Heloísa dos Santos, de 3 anos, voltava da casa de familiares, em Itaguaí, quando foi atingida por tiros na noite desta quinta. Segundo William Silva, pai da menina, foram ouvidos mais de quatro disparos em direção ao veículo. Três atingiram Heloísa que estava ao lado da tia e da irmã no banco de trás.
Por meio de nota, a Polícia Rodoviária Federal informou que três agentes envolvidos no caso foram afastados.
"As circunstâncias estão em apuração pela Corregedoria da PRF. A instituição colabora com as investigações da polícia judiciária para o esclarecimento dos fatos.
Os policiais envolvidos foram preventivamente afastados das funções operacionais, inclusive para atendimento e avaliação psicológica", diz o comunicado. A PRF acrescentou que "expressa seu mais profundo pesar e solidariza-se com os familiares da vítima, assim como está em contato para prestar apoio institucional".
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